Acerca de mim

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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

sexta-feira, novembro 29

Paulo Portas - "os partidos são uma maçada..."


Em tempos de austeridade, de tristeza, não há como estes "tesourinhos deprimentes" para nos fazerem sorrir!
Recentemente foi..."IRREVOGÁVEL" . Naquela altura..."NUNCA FAREI POLÍTICA"
Este artista podia fazer parte dos "Gatos"
GENIAL!




sábado, novembro 23

E porque não?

Recebi esta sugestão! E porque não?



segunda-feira, novembro 18

manhãs de Outono


Adoro estes luminosos amanheceres frios...
Cedo, silêncios cortados por rosnares intensos de máquinas, incisivos profundos, abocanhares em verdes intensos, desventrados castanhos em simetria paralela. 
Primeiro ouço depois perscruto... 
Repetitivo o trabalho dos condutores das máquinas unicamente preocupados com a rectidão e profundidade dos sulcos.
Não com frio...
Não com a rijeza de um assento sacudido sem regra...
Não com o ruído intenso e permanente de um motor potente que galga a terra...
Ao homem e à máquina nada os detém...
Breve, as chuvas abençoarão esta azáfama, é o ciclo, a fé do homem da terra, o compromisso com a Natureza.
Parece fácil, não? Pois não passa disso mesmo, uma parecença!
E eu sem frio, sem ruído, embalado suavemente pelas ondas da manta, desfruto!
Telas de vivas pinceladas com mestria, castanhos leves ou intensos, no ar o cheiro de terra fresca...
Sortudo!

sexta-feira, novembro 1

agora...poente


Incendiava o fim de tarde, murmurava ternamente silêncios, nem brisa, nem frio...
Outubro esgota-se.
E eu ali!
Prenúncio de dia quente, ouço dizer.
Aguarela quente de um fim de dia tranquilo, afirmo!

segunda-feira, outubro 28

Olhar e ver...

Palácio Seixas ao Principe Real

Centenas de vezes tenho passado à porta, centenas de vezes não o vi. 
Foi preciso um entupimento de transito para, olhando-o, vê-lo, mesmo não sendo a frontaria, belíssimo!
Os trajectos, na maior parte das vezes são só veículo para atingir objectivos. Não deviam...
Tal como na vida o pormenor da caminhada cativa-nos com maior intensidade, surpreende-nos. 
E afinal é no percurso que nos deleitamos, nos afirmamos; a meta por mais que queiramos adiar é sobejamente  conhecida, determinada, sem interesse!

sábado, outubro 26

(re)começar!


Mesmo antes do pequeno almoço...
mesmo antes da água na cara...
o absorver tranquilo do dia que começa,
o lavar a alma na frescura da manhã,
interiorizar a energia que brota,
receber e aceitar!

quinta-feira, outubro 17

Lisboa

Não é decididamente o local de minha predilecção, neste momento.
Sempre que tenho de lá ir, ainda não cheguei, já tenho planeada a fuga!
Mas confesso que ainda me deixo seduzir pelo contraste, pelo imprevisto, pelo cenário. Há muito que ando "armado" com a câmara fotográfica e disparo ao insólito, ao momento.

Fim de dia, o Tejo transformado numa extensão do casario...cidade ambulante.






quinta-feira, agosto 15

Não é fogo que arde sem se ver






Não mais estas imagens de tranquilidade...












Este contraste em harmonia num dia que se levanta













A besta surgiu, devastadora...



































Tantos quilómetros caminhados por veredas apetecíveis, tantos verdes em  descoberta, tantos deliciosos silêncios em comunhão, tantos cânticos esvoaçantes...
Dói-me este cinzento acre, agridem-me estes esqueletos contorcidos, estas veredas de nada ladeadas... mas há MEMÓRIA!

segunda-feira, julho 1

CES Contribuição extraordinária de solidariedade

Chulo
Assalto
Extorsão
Bando
Quadrilha


Estes são os predicados que encontrei na net para catalogar os governantes e as forças que os apoiam. E fica em reserva o "Palhaço"
Durante a minha vida activa a minha entidade patronal resolveu providenciar uma forma de melhorar o futuro dos seus colaboradores criando um fundo onde depositava uma percentagem do ordenado adicionando a uma percentagem de cada colaborador. Este fundo de início foi gerido por uma companhia de seguros e posteriormente por um banco. Nada tinha intervenção estatal!
Quando passei à reforma, em vez de receber de uma só vez o que era devido, optei por receber uma pequena parcela todos os meses. Pensei que era uma boa opção!
Na realidade não contava que no meu país havia de surgir um bando de saqueadores e tudo o mais que destaco em cima que iriam taxar extraordinariamente o que eu poupara. Não ponho em causa o IRS a que está submetida esta importância como "rendimento".
Se acho obsoleta a "contribuição de sustentabilidade" a que estou sujeito no regime geral de reforma da Caixa Nacional de Pensões para onde descontei trinta e oito anos, estenderem esta contribuição extraordinária de Solidariedade (CES) a uma poupança individual, acho um ROUBO.
Embora com acordos ortográficos, na nossa língua materna ainda permanecem vários vocábulos que definem esta acção, para além dos acima mencionados.

PQP é a expressão polida que uso para estes senhores, antigamente apelidados filhos de uma nota de vinte!

segunda-feira, junho 10

10 de Junho - Elvas

Dizem que é o dia de Portugal, dos portugueses.
Por acaso abri a televisão no momento que o Sr. Cavaco levava uma vaia à chegada ao recinto.
Para mostrar o seu ressentimento, o Sr. Presidente começou o seu discurso dirigindo-se à Srª Presidente da Assembleia... Srs militares, e pronto!
O Povo vaiou, não mereceu uma palavra!
Eu reparei e como o discurso não era para mim...desliguei!

segunda-feira, maio 13

ACÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO - GNR - " IDOSOS EM SEGURANÇA

"A GNR está a desenvolver várias acções de sensibilização junto dos idosos com a finalidade de alertar e esclarecer os mesmos sobre procedimentos de segurança a aplicar em situações de tentativa de burla e/ou maus tratos de que, os idosos, por vezes, são vítimas.
Estas Acções de Sensibilização inserem-se na campanha “Idosos em Segurança”, sendo acções bastante relevantes, tendo em conta que os crimes de burla têm vindo a aumentar em todo o país."

Esta era a notícia.
Pensei, ainda bem que a GNR está atenta à tentativa de burla, assaltos, maus tratos a que os idosos/reformados estão sujeitos.
O Governo do Sr Passos Coelho que se ponha a pau. Não pode mandar assaltar as pensionistas...porque a GNR está atenta!

Não, a notícia já vinha de 2009, os roubos, os ladrões eram outros...
Pelos vistos não foram presos!
Proliferam, travestidos!



quinta-feira, maio 9

Janela (in)discreta




Sem casa, ergue-se sólida.
Um habitante próximo, vivendo há cerca de 40 anos no local, sempre a conheceu assim. Consta que os proprietários zelosamente fazem a sua manutenção.
É certamente mais belo o seu interior do que o asfalto exterior.
Que história acolhe?

terça-feira, maio 7

Olhar...VER!




Passa uma Borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim 
E pela primeira vez no Universo eu reparo 
Que as borboletas não têm cor nem movimento, 
Assim como as flores não têm perfume nem cor. 
A cor é que tem cor nas asas da borboleta, 
No movimento da borboleta o movimento é que se move, 
O perfume é que tem perfume no perfume da flor. 
A borboleta é apenas borboleta 
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro

quarta-feira, abril 17

Breve momento

Por acaso tive que ficar em casa.
Almoçado, o sol estava convidativo, a palete de uma variedade intensa, azuis, verdes, castanhos.
Sentei-me despreocupadamente no chão, mesmo no chão chão, sem me importar com as poeiras, aqueles pruridos que nos tolhem os movimentos de liberdade.
Uns minutos, silêncio cúmplice e conveniente.
A meu lado espreguiça-se o meu fiel Lucky.
Derramo o olhar neste branco, verde, róseo alvo promissor de gulosas  cerejas vermelhas, integro-me, abandono-me em sintonia.
Sinto-me em Paz.
Sou privilegiado, posso...
E quero!

domingo, abril 7

solene comunicação

18h50

A MONTANHA PARIU UM...







LÁPARO!

quinta-feira, março 28

OFF

O botão "OFF", eram 21H 18M, funcionou na perfeição após "zapping".
Nem no canal Hollywood sou capaz de ver duas vezes o mesmo filme, ainda mais de terror!

domingo, março 17

Terapias de pequenos nadas!


Às vezes somos agradavelmente surpreendidos numa estrada desconhecida. Aconteceu-me!
Prendi-me com a beleza do miradouro, muito antes de o desfrutar! 
Apelativo enquadramento, as rochas, as mesas, os assentos, a pérgola...
Depois, o contraste de cores...
Não precisaria debruçar a vista no infinito...
A tranquilidade do encanto havia já sido conseguida!




domingo, março 10

Duas rãs numa taça de natas



Era uma vez duas rãs que caíram numa taça de natas.
Rapidamente se aperceberam de que estavam a afundar-se: era impossível nadar ou flutuar durante muito tempo na massa espessa como areias movediças. No início, as duas rãs tentaram bater as patitas para chegarem à borda do recipiente. Mas era inútil; por mais que se mexessem, não saíam do mesmo lugar e estavam cada vez mais atoladas. Sentiam uma dificuldade crescente em vir à superfície respirar.
Uma delas disse em voz alta:
- Já não aguento mais. É impossível sair daqui. Não se consegue nadar nesta pasta. Já que vou morrer, não vejo de que serve prolongar este sofrimento.Não faz sentido morrer cansada por causa de um esforço inútil.
Dito isto, deixou de bater com as patitas e afundou-se rapidamente, engolida pelo espesso líquido branco.
A outra rã, mais persistente ou talvez mais casmurra, disse de si para si mesma.
    - É escusado! Não consigo avançar nesta pasta. No entanto, se vou morrer, prefiro lutar até ao meu último fôlego. Não quero morrer um segundo que seja antes da minha hora.
    Continuou a dar às patas e a chapinhar sempre no mesmo lugar, sem avançar um um centímetro sequer, durante horas e horas.
    E de repente, de tanto bater com as patas e com as coxas, de tanto mexer e remexer, a nata transformou-se em manteiga.
    Surpreendida, a rã deu um salto e, patinando, chegou à borda do recipiente. Daí, pôde regressar a casa, coaxando alegremente.
     
Jorge Bucay
"deixa-me que te conte"

quarta-feira, fevereiro 13

Um pequeno relato

"Tanta fartura que tão tarde chegas", foi o comentário de um "meu" sénior octogenário ao se deslumbrar com uma simples pesquisa na net.
Dizia-me que já não tinha cabeça, ou melhor ela estava lá, - a bola - mas que já para quase nada servia...
Lamentava ter vindo tão tarde...
Que se eu assim achasse, dava lugar a outro...
Creio que fui claro ao lhe explicar que o lugar dele ninguém podia ocupar, ele existia, tinha o mesmo direito que um outro, estava ali e eu não desistia dele.
Dos olhos cansados mas ainda vivos, uma lágrima verteu, um misto de comprometimento e agradecimento...
É isto que me move!
Tanta gente moldada a não ter direitos, tanta gente pronta a se anular porque assim foi, assim julga poder continuar ser...
Recuso-me a aceitar, luto!

sexta-feira, fevereiro 8

Desistir

Estou triste!
Ontem, um vizinho amigo suicidou-se, desistiu da caminhada VIDA. Ainda caminhava acompanhado por um cancro mas já o deixava para trás.
Todos os dias ouvimos aqui ou ali notícias de episódios semelhantes. São episódios distantes, pelo não conhecimento dos actores. Por vezes esquecemos que há sempre uma família, amigos, conhecidos...
Nunca tivera esta experiência. Dói!
Esta sensação de vazio, o nunca mais partilhar a mesa, o sofá de longas conversas, por uma opção deste tipo, vem e vai, martela-me as meninges num latejar de alma, prende-me.
Não sei de todo o que o levou a fazer isso. Quem sabe? Também não sou homem de palpites. Se o fosse e bons, todas as semanas acertava no euro milhões...
E que importa agora?
Procuro retirar em todas as ocasiões, boas ou más, uma lição.
Desta, penso que cada vez mais tenho que estar mais atento, estar mais presente.
As Pessoas, cada vez mais as Pessoas, merda para esse monstro sem rosto chamado Mercado!
Há ténues "leds" de sinalização que só são percetíveis pela proximidade, não só a circunstancial. 
Se calhar eu também não os soube interpretar...
Sem culpas mas saudavelmente triste!

sexta-feira, janeiro 18

"Resgate", poema de Manuel Alegre

 
Resgate


Há qualquer coisa aqui de que não gostam
da terra das pessoas ou talvez
deles próprios
cortam isto e aquilo e sobretudo
cortam em nós
culpados sem sabermos de quê
transformados em números estatísticas
défices de vida e de sonho
dívida pública dívida
de alma
há qualquer coisa em nós de que não gostam
talvez o riso esse
desperdício.
Trazem palavras de outra língua
e quando falam a boca não tem lábios
trazem sermões e regras e dias sem futuro
nós pecadores do Sul nos confessamos
amamos a terra o vinho o sol o mar
amamos o amor e não pedimos desculpa.
Por isso podem cortar
punir
tirar a música às vogais
recrutar quem vos sirva
não podem cortar o verão
nem o azul que mora

aqui
não podem cortar quem somos.



Águeda 23/12/2012
Manuel Alegre
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