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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quinta-feira, janeiro 29

voos!!!


E vem o tempo!
Tempo de mudanças, das asas dos filhos, do voar consistente em busca de novos caminhos, próprios.
Há dias, do meu ninho, voou convicto, mais um elemento.
Sentimento de orgulho os nossos, pais em sintonia com a cria!
Sentimento de tristeza de quem parte, de quem fica, num acre-doce de satisfação ao encontro de novos desafios. Afinal é alcançar o patamar do objectivo de qualquer progenitor, a autonomia, a auto-suficiência!
É crescer. Para nós, pais, para ele filho!
Nunca senti afinidade com o termo de posse. Nunca o Ter me seduziu, nem mesmo com os filhos.
Ninguém deve ter ninguém!
SOMOS, pais SÃO filhos.
Faz-me confusão, porque não entendo, quando vejo pais apregoando a relação com os filhos na base da amizade. Faz-me confusão porque em meu entender, e não sou douto na matéria mas penso e sinto, ser-se Pai ou Filho é alcançar-se um estatuto só por si definido. Não precisa de atributos terceiros.
Não preocupar será o termo correcto. Acompanho.
Preocupar-me é limitar a análise, a capacidade de resposta nas vivências nunca apercebidas com verdade, às vezes imiscuir-me em áreas privadas. Acompanho.
Acompanhar, é sentir-me autorizado, é o respeito pela identidade mesmo que mais familiar e próxima seja o acompanhante.
Acompanhar é desfrutar os momentos, bons ou maus em partilha tacitamente aceite.
Um novo percurso, ou talvez não, uma outra forma de abordar o caminho com outra perspectiva, de outro ângulo!

quarta-feira, janeiro 7

divagando


Ontem, por força das circunstâncias viajei de comboio, na linha de Sintra. Não fazia há muito tempo!

Os ponteiros do dia empurram as pessoas carruagem dentro, regresso a casa, transportando com elas um misto de cansaço, apatia. Pressa pelo tempo de paragem, pressa pela conquista de lugar sentado, pressa para fugir à baixa temperatura que permanecia no apeadeiro sem encontrar o comboio de retorno.

Filtrando o olhar, o meu e o dos outros, os meus óculos escuros observavam e abriam caminhos para as minhas divagações.

Em cima dos poucos bancos vagos, panfletos apelativos de um produto qualquer, propositadamente deixados, eram afastados na sua agressão de uma forma mecânica, e davam lugar a corpos cansados de mais uma jornada, corpos com rosto quase inexpressivo, olhos vagos, ausentes uns, fechados outros, e ainda outros desfiando as letras de um qualquer gratuito apanhado à entrada da estação.

Alguma gente nova quase sempre aos pares fazia a diferença, no movimentar-se, na cumplicidade estabelecida com naturalidade com os seus companheiros, nas expressões e risos quase profanos naquele ambiente solene da viagem entre muitos, em solidão. Às costas, algumas mochilas proporcionais ao peso e preocupação da vida.

A diferença que senti é que eu viajava de comboio, aquelas pessoas apanhavam o comboio, todos os dias, fazia parte da sua rotina !

Olhei, observei rostos, inventei histórias, criei personagens, caí na tentação dos preconceitos!

Naquela carruagem, alguém me viu?

Duvido. Ali, nestas circunstâncias, não há mais ninguém!

PS. Faz-se a apologia dos transportes públicos em detrimento dos privados! De Queluz a Algueirão paguei 1,20€. Tive que esperar o comboio, tive que andar da estação até ao ponto de chegada, o mesmo de regresso, e não chovia...

De carro, pelo menos no meu, faria três vezes o mesmo percurso com o preço dos bilhetes.

Transportes públicos caros ainda por cima suportados por quem menos pode, acho eu!

domingo, janeiro 4

" 2 0 0 9" B A P

E pronto, eis-nos em 2009!
Não sei se o alcançámos ou ele a nós! Questão secundária!
A chegada ou entrada de novo ano traz-nos sempre propósitos, previsões e juras.
Em meu pouco saber, estes três elementos situam-se todos na mesma área, a ficção ou melhor, o departamento do nosso não envolvimento. Rituais, tal como as passas!
Numa época em que somos bombardeados por rentabilidades e “spreads”, em mais valias e benefícios, marginalmente e contrariando as correntes, aconselho o investimento no BAP.
É uma instituição ancestral com rendimento garantido e satisfação plena.
Tão absorvente, tão exigente, tão possível a pequenos investidores, o depósito tem conseguido ser sempre benéfico ao longo das catástrofes de mercado, para além dos interesses irracionais, das políticas de novos aprendizes de alquimistas.
BAP – Banco dos Afectos e Partilha!
Somos muitos, orgulhosa e corajosamente seremos mais!
Garantidamente com Afecto, seguramente em Partilha, um investimento pleno em 2009!
Fontes do mercado afirmam não haver concorrência!


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