Acerca de mim

A minha foto
Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, julho 19

Um cão, o LUCKY


 







Chegou à família há 14 anos, deixou-nos ontem!
Não mais sentirei o seu roçar matinal ao chegar à cozinha, não mais enfrentarei o seu olhar electrizante à hora da comida, jamais estará pachorrentamente atrás da vidraça à minha espera...
Mau feitio, intolerante para os estranhos, bolinha de pêlo para o clã.
As nossas caminhadas eram feitas alegria e liberdade, à pachorra também se prestava.
Teve mesmo de partir, o sofrimento tomara-o, a falência dos órgãos.
A minha mão foi última almofada, os meus dedos o derradeiro afago.
Senti-o em paz, senti-me em paz!
Custa?
Sim custa e dou graças ser capaz de sentir a tristeza, a alegria, interiorizá-las, gerir as emoções. Eu macho septuagenário sinto-me mais completo.

No momento, o segundo a que assisto, pensamentos me assaltaram, não pude deixar de projectar o acto na existência humana...
Como compreendo, como apoio!

quarta-feira, março 24

Nós cidadãos

 

Estamos sempre a reclamar, por isto por aquilo, por "eles não fazerem" por...por...

Há alguns anos que entendo que todo o organismo público ou não, merece uma interatividade da parte de todos nós, cidadãos!

Se acho que devo alertar...alerto.

Se acho que devo reclamar...reclamo.

Se acho que devo elogiar...elogio.

Mas, essencialmente quero estar em, quero ser par de, não quero que decidam, me ignorem se eventualmente posso (e devo) ter uma voz activa, participativa.

Vem isto a propósito do período de funcionamento da luz pública na estrada onde vivo.

A luz pública ligava muito cedo e apagava também muito cedo em discrepância com as zonas limítrofes.

Podia estar indiferente, podia encolher os ombros. Podia, se não fosse eu!

Através do site https://www.e-redes.pt/pt-pt relatei a anomalia.

Que podia acontecer?

- Mais uma reclamação em saco roto...

- Mais uma acção para acalmar a minha forma de estar participativa...

-Mais um exercício de cidadania que muito prezo...

O que aconteceu é que ainda não havia passado duas horas entraram em contacto comigo a confirmar a anomalia que foi de imediato corrigida. Agradeceram a participação!

Vale a pena? Sim, por convicção, vale e as coisas também funcionam!

My name is Afonso, brinco com estas coisas que faço acontecer.

CIDADANIA, o exercício tantas vezes arredado por comodismo ou alheamento!


segunda-feira, março 15

O começo de mais um dia

 

E uma mulher esfaqueou outra…

E uma criança de cinco anos foi atropelada…

E uma mulher mãe foi baleada pelo filho…

E um homem sofreu AVC após vacinação…

E família dorme no aeroporto sem meios de regresso a casa…

E, e, e…

Que me acrescenta este chorrilho de notícias, que nos acrescenta este chorrilho de notícias?

Filtro, anulo, recuso-me a começar o meu dia desta maneira!

E corre uma brisa matinal…

E oiço os pássaros em acordes dialogando e eu sem os ver…

E a eólica gira e gira e gira sem sair do local…

E, aos saltos, o coelho recolhe à toca após incursão nocturna…

E o silêncio impera..

E o horizonte incandescente…

E o olhar perde-se…

E a chávena de um aromático café fumega…

E a VIDA recomeça, hoje e por agora, para mim.

Posso escolher, posso ficar…

EM PAZ



quarta-feira, março 10

O princípio e o fim

 

Ou estamos ou não. O princípio do dia ou  o nascimento acontecem e para tal não somos consultados. Importa estar!


Ou estamos ou não. O fim do dia ou a morte acontecem e para tal não somos consultados.

Importa estar!


Ao tempo que medeia o princípio do dia ou da vida e o fim do dia ou morte não basta estar.
Sonha-se...concretiza-se, afirma-se.
Fácil esquecer o dia de nascimento ou morte, difícil esquecer a obra, a identidade.
Que seja também bela ainda que por vezes surpreendente esta viagem entre o princípio e o fim, a AFIRMAÇÃO, A PEUGADA INDIVIDUAL!

segunda-feira, março 8

Perspetivas, posicionamentos

O nascer do dia, 8 de março. O mesmo lugar, a mesma hora, o mesmo olhar!

Aqui o que não existe, o que vejo...o que quero ver, o que me convém ver...

Perspetivas, posicionamento.

Abandono, desistência...



O nascer do dia, 8 de março. O mesmo lugar, a mesma hora, o mesmo olhar!

Aqui o que não existe, o que vejo...o que aceito e vejo!

Perspetivas, posicionamento.

Apego, LUTA!




 

domingo, março 7

A Natureza tem disto!


 D. Miquelina é uma velha senhora, confinada no seu cantinho.

A vacina ainda não chegou. 

O que lhe faz falta são dois dedos de conversa, a ida ao cabeleireiro, pelas brancas, pelo corte...

Mesmo assim antes ficar resguardada do que armar em parva como a D. Euprépria que andou por onde quis e até por onde não, acabando no hospital...

 

quinta-feira, março 4

Olhando...sentindo!

 

Noite quase, tarde que tarda a partir.

Fresca, molhada, solitária, a estrada.

O cinzento também é belo, quando a alma se apazigua!





terça-feira, fevereiro 16

Assim é, também


Não preciso ver para saber que está.

Por vezes forte, nítida, esbatida, ténue mas certa.

Não desapareceu só porque eu não a vejo, a estrada...

Não partiram em esvoaçar definitivos só porque eu não os ouço, os pássaros...

Integro-me, ora presente ora afastado, como a brisa, mas estou!

A amizade é também assim!


terça-feira, janeiro 26

Isto é lixado!

 Chegado aos setenta, muita vida foi vivida, vivencias únicas, episódios bons, maus ou não marcantes.

Pessoas!

Tantas, uns transformados em contactos, outras em efémeras passagens.

Não sei se estou triste, contente não certamente.

Por opção, há muitos anos que me dediquei a partilhar experiências com os mais velhos como eu, um risco de emoções fortes, uma certeza na incerteza da vida, um gostar d0 sabor do momento.

Hoje, agora mesmo soube da partida de mais um dos que se predispuseram a caminhar na descoberta da informática comigo.

Não mais mails, não mais partilha!

A memória, sempre essa, a que valorizo. Partiste Augusto mas mantenho-te presente enquanto felizmente o baú das recordações puder ser evocado.


______________________________________________