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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, dezembro 29

massacres!



E chegamos ao intervalo...Dizem as operadoras que aumentou o tráfego!
Claro que estou a referir-me àquele fluxo de movimento entre operadoras de telemóveis que pomposamente apelidam de mensagens de Natal!
Uma mensagem, deve ter um emissor, um meio, um receptor e se não tiver conteúdo não é inteligível.
  1. Emissor: Será que emana algum cunho pessoal deste tipo de operação?
  2. Meio: Sim, cumpre em pleno, enche os cofres.
  3. Receptor: Ah, pois é fulano!
  4. Conteúdo:?????bla,bla,bla
Alguém em seu juízo entende como mensagem de Natal o bla, bla,bla do José Sócrates, na Televisão? É um faz de conta, tal como milhares de toques em telemóveis. Rituais...
Este ano recebi uma dessas, descaracterizada, impessoal, enviada em série num percurso de lista telefónica, em memória!
Claro que a pessoa em questão não era uma qualquer, tenho-a como próximo, o que me levou de imediato a telefonar, e de viva voz manifestar a frieza de tal pseudo mensagem, e o quão despersonalizada era esta cadeia. Acho que após esgrimir meus argumentos, entendeu!
Espera-se que alguém nos apresente a mudança de procedimentos, estamos sempre à espera que façam qualquer coisa por nós. É tempo de convencimento, de auto-convencimento. Paremos com estas manifestações irracionais, não tenhamos medos de manifestar os nossos afectos, únicos, pessoais, atentos às pessoas, blindemo-nos a estas manipulações destituídas de entrega!
Eu já iniciei a minha campanha ANTI MENSAGEM!
Abandonemos o campo, antes do começo da 2ª parte!


terça-feira, dezembro 16


Hoje é dia de Natal...para mim!

Amanhece o meu dia natalício, calmo, sereno, abençoado por uma lua quase plena em céu estrelado em fundo índigo.

Pouco passa das duas. Ainda há pouco, em silêncio espraiei o meu olhar num longínquo horizonte, polvilhado de imensas luzes amarelas, outras brancas e ainda outras vermelhas no topo das inúmeras torres eólicas em meu redor. Um fresco sopro suave balança uma árvore tenra de folhagem perene.

Mais uma ano!

Em jeito de balanço, sinto-me tranquilo, em paz. Consegui empenhar-me em vários projectos, agarrei oportunidades que me surgiram, estive atento.

Durante este ano, muitas foram as ocasiões que, ao fim de um dia cansativo e intenso, dei comigo a trautear sons não forçosamente parte de um trecho mas em criativa melodia de momento. E não raras foram as manhãs que quase em sintonia me deixei levar por voos de despreocupadas aves.

Sonhei e procurei que esse sonhos não se tornassem devaneios, por falta de concretização.

Recebi entregando-me, partilhei afectos, e entristeci em solidária tristeza de outros transportada.

Procurei corrigir-me e aprender. E há tanto por fazer!

Sinto-me grato pela caminhada, pela aquisição. Não me preocupo com metas. Estou mesmo convencido que mais que atingi-las , o caminho é o mais importante!

Não estou ausente do mundo, antes pelo contrário, estou no mundo, este, real!

Hoje começa um novo ano.

Feliz Ano Novo...para mim!

sexta-feira, dezembro 5

partida, partilha!

Era o Sénior mais sénior do grupo.

A doença, primeiramente de mansinho, intermitente depois, traiçoeira intensa e desgastante por fim, afastou-o do nosso convívio.

Há uns meses, já internado telefonou-me a justificar a sua falta na sessão do dia seguinte. Era um compromisso que assumia com grande alegria, a sua participação nas aulas de informática.

Durante meses partilhámos momentos, uns ligados à aprendizagem da tecnologia, outros de outras aprendizagens, da vida. Setenta e sete anos , muita vivência, experiências, um património imenso!

Esta minha forma de estar, de entrega a um Silva que só conhecera há um ano, causa-me também dor.

Durante semanas liguei-lhe para o telemóvel, ainda falei com ele, voz cansada, sofrida.

Nas últimas semanas o silêncio. Deixava-lhe um abraço...

Hoje, recebi um SMS oriundo do telefone do Artur.

Só hoje soube de quem era este contacto figurante na lista do móbil do meu querido e saudoso pai. O senhor era um ídolo para ele. Obrigada por lhe ter proporcionado momentos entusiasmantes”

Ídolo, eu!!!

Na minha garganta aquele nó que não deixa engolir, um nó que não consigo perceber qual a relação com os sacos lacrimogéneos. Permanece, mas, ao ler, reler e voltar a ler aquela mensagem, senti o Artur, senti que valeu a pena estar com ele em partilha. Com ele e com os outros!

Vivo intensamente o momento tal como intensamente absorvo o conteúdo da mensagem. Com muito gozo, assim falávamos.

Paz para ti, para mim!



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