Há
dias alguém dizia que os velhos quando estão sós descuram a sua
alimentação. Acho que têm alguma razão!
Pela
manhã, pouco passava das sete, sacrificava-me com prazer fardado a
rigor pois até já tenho nº de aplicador, sulfatando a vinha...
A
meio da manhã, banho tomado, havia que providenciar o almoço,
comprar algo que o meu fastio de velho solitário tolerasse.
Que
chatice tanto peixe...
Duas
sardas, pedi que me escalassem...
Para
um pirex, muito chateado piquei uns alhos, sumo de limão, sal,
pimenta e um pouco de orégão. Esperar duas horas em marinada...que
chatice!
Foi
com sacrifício que acendi o lume, gravetos de videira acumulados
para estes momentos chatos, um lume brando e uniforme.
Colocados
os peixes na grelha, vira de um lado, vira do outro, no ponto!
Tinto,
para mim sempre tinto, de preferência das uvas que cuidei, do vinho
que vi fermentar.
Um
café.
Concordo,
quando se está só e se é velho não há pachorra para cozinhar...haja estas coisinhas simples e rápidas!
Que
chatice!