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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quinta-feira, dezembro 29

Deuses, Juízes, Vítimas.

Tenho vindo a aprender que mais do que sou é o que "estou"...
Episódios do dia a dia manifestam a transitoriedade da nossa existência. De vez em quando surgem-nos notícias de partidas em definitivo de desconhecidos, figuras públicas e solidariamente encontramos em tolerância uma qualquer responsabilidade estranha para a justificação, a compreensão dos acontecimentos principalmente quando atinge um outro. De certa maneira de uma forma egoísta esquecemo-nos que o "Outro" tem normalmente alguém por perto que sofre.
Inesperada, dolorosa, fora de tempo... ouve-se.
Inesperada porque avaliando os sinais do dia a dia projetamos os anos. Dolorosa porque a partida definitiva deixa-nos um vazio súbito. E fora do tempo porque ousamos definir o que é eminente e o que se prolonga como se donos e senhores do tempo fossemos.
Esta trilogia, Deus, Juiz e ao mesmo Vítima é afinal o papel principal tantas vezes representado no palco da Vida.
Insinuamos saber dos desígnios da Vida, julgamos os acontecimentos e os protagonistas, desculpamo-nos sempre dos nossos erros e insucessos por causas sempre exteriores ou terceiros.
Aproxima-se um novo ano.
Se após balanço do transato mantiver a mesma postura, de nada serviu vivê-lo. Estagnei!
Nenhuma certeza deve imperar a não ser a certeza da mudança, o desejo de ser agente da surpresa, parte integrante.
Enquanto em vida, em campo. ACEITO porque me integro, participo, faço parte dos problemas e também quero ser elemento da equação solução.
O Todo, o País não é mais que a Comunidade em ponto grande.
A Comunidade é aqui mesmo, a Pessoa, as Pessoas. A travessa, a rua, a avenida, a aldeia, a cidade, inertes, nada são sem o pulsar do coração do HOMEM.
E há-os pobres e ricos, feios e bonitos, doentes e saudáveis, novos e velhos...
E é com essa fealdade e beleza, riqueza e pobreza, doença e saúde, juventude e velhice que vivemos, e ainda temos a injustiça.
Que em 2012 saibamos reconhecer e respeitar, que em 2012 não queiramos ser Deuses e Juízes e muito menos Vítimas mas não esqueçamos o direito à indignação, ativamente.
E acima de tudo procuremos ser HOMENS, solidários seja qual for a expressão!

sexta-feira, dezembro 16

O meu NATAL!


Rezam os registos que foi há 62 anos!

Não consigo contabilizá-los todos o que em abono da verdade não diminui a quantidade.

Tempos houve que me limitei a acumular os dias, os meses e quando dava por mim mais um tinha passado. Por esses que nem memória tenho, recebi imensos parabéns não se importando quem mos dava se alguma coisa fizera para os merecer. É costume, é tradição...

Era aqui que aqueles senhores que em tempos via na TV diziam com muita pseudo convicção que não se arrependiam de nada do que tinham feito. Coitados, tão "poucochinhos".

Tanto que errei...

Que diabo, respirar, será digno de parabéns?

Há alguns anos que procuro mudar esta forma de encarar os aniversários.

Quando vou a um espectáculo não bato palmas só porque é o momento. Pelo menos a mim elas têm de ser arrancadas, merecidas.

De uma forma jocosa costumo dizer que os anos não se fazem, comemoram-se se houver motivo. Por uma questão de coerência há que trabalhar para merecer a comemoração.

Não pretendo competir com a criança que alguns pensam ter nascido a 25.

Verdade, verdadinha que este dia foi o natal mais importante para os meus pais e eu, passados estes anos continuo a pensar que sim.

Já pensaram se valorizássemos os nossos “natais”? Isso teria sentido e manteríamos um verdadeiro espírito de alegria ao longo do ano em cada casa (com excepção dos deprimentes seres que não passam dos trinta e...). Depois arrasaríamos de todo com a estafada frase que “Natal é quando um homem...bla, bla”. Que mofo!

Nesse mesma linha de pensamento todos procurariam merecer a comemoração, um pouco diferente da imposição de um velho de barbas brancas que aparece nesta altura a fingir que dá alguma coisa por obra e graça de pacotões transportados por tolas renas voadoras ao som de sininhos, ou por camiões com logos de superfícies comerciais. E o povão finge que sim... e gosta.

Lembram-se do outro Natal, o do menino em palhas deitado? Foram-se, as palhas provocavam alergias, o burrinho a vaquinha e ovelhinhas substituídas por ar condicionado, por imposição da ASAE, os camelos dos reis magos com deficiente orientação, consumiam muito, foram trocados por Mercedes e Audis com GPS. Sem emprego, de carregadores na época, os camelos em onda de empreendedorismo constituíram sociedades de governação de países.

Hoje, inicio mais um ano. O que passou foi vivido com muita alegria e entrega. Espero ansiosamente o minuto 1 do novo. Será extraordinário, hora a hora, vivido com intensidade. Só assim faz sentido. Embarco e nem me preocupo com a chegada. As margens são lindas...

FELIZ ANO NOVO!

domingo, dezembro 11

Sentir!


Entrava pela fresta , branca, fria, na escuridão da noite. Curioso assomei à janela, espreitei.
Castelos de nuvens alvos feitos ondas espraiam-se no índigo céu levemente tocados pela brisa. Quase as ouço. Alguns farrapos perdem-se, espuma...
Gélida, intensa, ora descoberta ora envolta em neblina, a lua. Neste mar de imaginação e realidade pereceu-me um farol projectando a orientação, a segurança da costa.
Ao longe, recortado no horizonte, negro, denso, imponente, Montejunto, o Adamastor.
Real, oscilo divertido em exercícios de imaginação, entre elemento do cenário, e criador.
Esta noite cheira-me a maresia...

quinta-feira, dezembro 8

neblinas...




E há ao longe a continuação da estrada. Pouco se vê, movimento-me com dificuldade, o que me permite o nevoeiro. A única certeza é que estou na rota. Há que estar atento...
Ao longe, outros avançam com outros recursos...
Deste episódio transportei-me para a vida.
Tal como este caminho tantas vezes percorrido sob um sol luminoso, horizontes sem limites, de tão fácil andar, a Vida também tem os seus nevoeiros de dificuldade.
Há que estar atento, encontrar a rota da Vida como certeza fundamental e percorrer, cada um com o seu talento e empenho, agarrando os seus recursos.
Nada absolutamente nada permanece eternamente!
VIVER é o percurso fundamental, com nevoeiro ou sem ele, a estrada da vida tem de ser percorrida, e em nossa memória registar-se-ão as vivências. Boas, más, nossas!
Na evocação dos caminhos, amargos, doces, tranquilamente, reside o nosso património de PESSOA, a afirmação, cada um procurando deixar a sua "peugada", única.
E quem não quer?


terça-feira, dezembro 6

simples...

E é em dias sombrios (e não estou a falar de política), que me embriago com estes momentos. Rápido que se faz tarde, imagem única...
Hipnose ténue, a alma limpa-se, o silêncio compete com a cor.
Ganho eu!

sábado, novembro 12

Dica


Luís Reis, da direcção da Associação dos Praças, queixava-se que tinha pedido uma audiência ao Presidente Cavaco Silva e que ainda não obtivera resposta.
Não foi certamente no estrangeiro pois aí Cavaco Silva fala.
Permita que lhe dê uma dica, caro Luís Reis.
Use o "Feicebooki", entre lá na quinta do Presidente, mande um "like", convide-o para amigo!
Vai ver que toca no botão da resposta!!!




sexta-feira, outubro 21

Legal...mas imoral

Estas histórias dos subsídios a políticos que estão deslocados mas que possuem casa em Lisboa, dos juízes que também têm, das reformas aos 8 e 12 anos de serviço, outras tantas que de vez em quando surgem... causam-me asco, vómitos.
Que não há nenhuma ilegalidade, dizem.
Mas é IMORAL!
Claro que político e outros beneficiários não se preocupam com isso...
Tal como a mim, pelos meus pais, esforcei-me por transmitir princípios de ética aos meus filhos, muito antes dos legais. Se lhes serve para alguma coisa? Estou convicto que sim que ainda acredito na verticalidade do ser humano e na efemeridade deste estado de ganância e atropelo.
Foi certamente por isso que embora enveredando pela chamada alínea de direito aquando o liceu, não me seduziu o curso. Há muita legalidade e muita falta de ética...
Ao longo da história são vários os episódios dos opressores escudados pelas leis. Muitas vezes por jogo de conveniência evocam-se "princípios" e desencadeiam-se guerras de todo fora da lei.
O Povo é sereno, dizia o Almirante Pinheiro de Azevedo...
Até um dia, digo eu que sou convictamente sereno e nem sou almirante...

PS.
Não é só em Portugal. Assistam atentamente. Alguém, e neste caso a responsabilidade é da chamada imprensa dita livre, fez eco disto? Não será mais uma forma de corrupção?


http://www.youtube.com/watch_popup?v=m2B7RWJY--A


sexta-feira, outubro 14

Pedro (Passos Coelho)

Caro Pedro,

Vi-o ontem na TV a anunciar as medidas duras, pesadas, quiçá injustas que teve de impor ao povo Português.
Estava solene, embora aquela gravata fosse para a reunião do conselho de ministros, não para a comunicação. Olhe que o José, o seu antecessor tinha mais cuidado...
Sou reformado e muitas vezes tenho verbalizado que considero um "bónus" esta coisa de subsídio de férias, não estamos o ano todo? Porquê só um mês?
Desculpe lá, mas deve ter havido fuga de informação... Tenho casa em Queluz e, está a ver, paredes meias com Massamá!
Fontes próximas informaram-me que está a pensar suspender por dois anos, (o tempo que está previsto para a suspensão dos subsídios de Natal e férias) as reformas daqueles que embora tendo outros trabalhos passaram com "grande sacrifício", mesmo que por poucos anos pela vida política, os chamados depreciativamente "os políticos".
Tenha cuidado, isso seria gravíssimo, de uma injustiça social tremenda, catastrófico!
Como alimentariam as amantes, as obras de caridadezinha, as coutadas, as afundações, perdão, Fundações tão necessárias ao país, a manutenção esmerada dos filhos, suporte e garante da civilização e afirmação de Portugal? Já viu que nos ficheiros do fundo de desemprego só consta a populaça? E porquê? Porque na educação é fundamental o registo do nome e isso não se adquire sem investir!
Desemprego duro e de imensas dificuldades só me ocorre aquele do seu homónimo que após ser demitido, olhe, do lugar que você ocupa agora, teve que andar por aí, até se candidatar, certamente com grande concorrência, ao lugar de Provedor de Santa Casa de Lisboa. O que vale é que ele tinha assegurado uma reformazinha para os alfinetes...
Também me constou que cortaria nas mordomias, um estar tal como nos países Nórdicos...
Nunca, mas nunca pense nisso! Eles são lá do norte, com princípios esquisitos de tolerância e respeito pelo Outro. No dia que isso acontecesse...perderíamos a identidade!
Ouvi directamente de sua voz, não de fontes, que queria apurar as responsabilidades de todos os que nos conduziram a esta situação, nos levaram às tais despesas sem sustentabilidade, como se diz agora.
Concordo consigo, mas não vai certamente recuar tantos anos quantos as tais medidas foram aprovadas no parlamento. Não me lembro bem, mas se calhar já andava por lá. Não me dou ao trabalho de investigar mas se o fizesse certamente estava lavrado em acta que votou a favor por causa tal ditadura da disciplina de voto mas que se manifestou contra.
Outra coisa não seria de esperar.
Bom, vou ver se lhe faço chegar este alerta pela mesma via o mais depressa possível, IC19, fora da hora de ponta!

quinta-feira, outubro 6

acordar!

E voltas...

Ontem vi-te partir sem compromisso de encontro.

Nunca há!

Hoje continuo entre os teus espectadores.

Tenho que, à tua luz, escrever as linhas que quero deixar em vida. Nada mais...

Para isso retornas, intenso, forte, inspirador.

Aceito-te, rejubilo. Ainda há muito trabalho a fazer, gostosamente...

A obra está incompleta, sempre.

Ainda não é tempo!

terça-feira, outubro 4

tempo, épocas, momentos




Surpreendido!
Entre retorcidos galhos secos e em descanso amanheceu soberba, fresca, alva!
Estamos no princípio do Outono!
E depois?
Já não se pode ser imaginativo, furar as regras?Estranho, dizem-me. Estranho é não te ver de tão distraído que andasse.
Obrigado pelo privilégio, velha pereira, provocadora de um silencioso sorriso cúmplice. Meu dia iluminou-se.
Com este calor, breve desapareces, mas o momento vivo-o, guardo-o!
Partilho.

segunda-feira, outubro 3

Ser espectador ou actor na vida

Quando por decisão pessoal resolvi abandonar Lisboa há cerca de três anos trouxe comigo uma mão cheia de novos desafios, um desejo de partilha com outras gentes, Gente boa. Esta desintoxicação rural têm-me confirmado um outro mundo ainda existente, permitido encarar o dia a dia de uma forma mais tranquila, mesmo os acontecimentos menos agradáveis.
Na minha actividade de sensibilização à informática aos menos jovens das redondezas acabo por ter uma carga horária semanal que me ocupa quase todos os dias. Em Outubro recomeço esta actividade embora tenha diminuído a carga horária, deixei Alenquer, mantenho Carregado.
Por qualquer lado onde passe, fala-se de crise, é visível.
Para além do impacto negativo no quotidiano, este momento é certamente propício a justificativos de não realização genéricos. As dificuldades de orçamento têm uma cobertura direi que "conveniente"...
Não se pode fazer porque os custos...
Não é o momento porque as verbas...
Ou mesmo só não. (insere-se bem na crise!)
Contrapondo, acho que este é um bom momento para mostrar a criatividade, um momento de inovação onde os detentores de decisão podem mostrar a diferença, a iniciativa que não seja só medida pelo maior ou menor acesso aos Euros.
Estamos muitas vezes à espera que as soluções sejam apresentadas por um "alguém", - paizinho, ministro, presidente e comodamente não nos movemos, não agimos.
Mais que nunca temos que agitar as consciências, exercer a nossa cidadania, não aceitar por aceitar. Mais que indignados, há que mostrar a nossa indignação... agindo.
A participação cívica na construção da sociedade exige mais, as dificuldades financeiras não podem ser pretexto para um cruzar de braços...
Todos temos talentos, coloquemo-los ao serviço de todos. O pouco que seja, quando partilhado com alegria, torna-se suficiente para nos tornarmos atores da vida, interventivos, abandonando a plateia de espectador amorfo.
Um pouco, um pouco que seja!

terça-feira, setembro 27

culpas próprias

De duvidosa ética, mas de uma grande eficiência.
Falo da necessidade de arranjar sempre um culpado para as coisas que correm menos bem connosco, culpado que não sejamos nós, evidentemente.
Tenho percorrido um caminho que me tem levado a uma identificação comigo mesmo e felizmente sei que sou o principal actor das minhas asneiras. Mas não deixo de brincar com isso. Se está próximo, quando acontece algo que não corre como devia, se está próximo, dizia, o meu filho é o culpado. Se não está, algo teve a ver com o insucesso. Afinal para quê que queremos um filho, para que serve um filho?
Divertimo-nos com isso e ao mesmo tempo ao ridicularizar a situação, amadurecemos!
É sempre fácil procurar ver onde o "outro" teria intervido para que qualquer coisa não corra bem...
Em última instância, mas mesmo só em última instância somos os culpados!
A nossa história é pródiga em muitos episódios onde a "culpa" é sempre de um terceiro...
Mesmo a história da humanidade ou mesmo onde a ficção entra. Lembram-se do episódio da serpente no paraíso? Pois, alguém tinha que pagar as favas, nem que fosse uma serpente demoníaca...
É um bom exercício, garanto, assumir e identificar as nossas falhas. Acho que a tolerância para com os "outros" seria muito maior se o fizéssemos.
Deixemos aos Deuses que vivem não sei onde e nem sei quê, esse dom da infalibilidade, sejamos gostosamente pecadores assumidos.
Aprendamos a gostar de rir de nós mesmos, assumamos a nossa condição de humanos.
Mas já agora, como humanos aprendamos com os nossos erros!

quinta-feira, setembro 22

Antes que azede...

E é exactamente na sequência do apontamento anterior que coloco este.
Na pequena abertura circular do depósito, ferve o líquido. Por momentos uma golfada purificadora surge expelindo grainhas ou bagos. É o processo, a rejeição das impurezas para que o mosto se transforme em néctar. Já foi mais sonoro. Agora, quase imperceptível cumpre o seu ciclo. Mas a purga continua.
Esta imagem simples inspira-me!
Com tanta má notícia, com tanta impureza publicitada, há que ter a coragem de em golfadas enérgicas rejeitar os detritos feitos empecilhos desta sociedade onde nos situamos.
Curioso que são os mesmos agentes a conduzirem os destinos dos povos. Sabiam outrora as soluções que falharam, sustentam outras ruinosas como se definitivas, criticam sem memória posições assumidas como de outros se tratassem, continuam agentes despreocupadamente desresponsabilizados.
E o povo, como órfão continua a procurar um paizinho! Vota...e rejeita, rejeita e vota.
Estamos mal, é indesmentível, como o vinho que não é neste momento.
Há que encontrar a "purga" antes que o todo se azede!

segunda-feira, setembro 12

Festa, a vida...



É isso! Nestes tempos conturbados, creio que necessitamos cada vez mais de celebrar a vida, fazer de pequenos acontecimentos, grandes eventos.
A tranquilidade, a harmonia, a comunhão de um sorriso colectivo nunca será conseguida por decreto ou portaria. É outra coisa, eles nem sabem nem sonham...
Ainda somos livres, ainda construímos os bons momentos, assim o queiramos.
Este fim de semana, da terra emanou a alegria contagiante, da vinha a dádiva feita bago, do horizonte a paz, dos céus a bênção em gotículas refrescantes, do convívio a certificação do princípio dos vasos comunicantes... dos afectos!
Amei!


quinta-feira, agosto 18

Sem título




Nesta palete de cores e formas fixei o olhar. Dela emana tranquilidade, equilíbrio, harmonia. Nada está a condizer com, ou tudo condiz. Não se estabeleceu a ditadura do parecer bem, a combinação de disposições ao sabor de tendências. Genuíno, simples como eu gosto. Aqui me perco e me integro. Não questiono, aceito e admiro.
Pousa aqui, ali, aquele amarelo de golpes de asas ágeis. Sigo-o até perder de vista. Não me movo. Não sei de onde veio, nem para onde vai. Foi bom permanecer enquanto!
O encanto está na magia de me predispor a ser surpreendido.

quinta-feira, agosto 11

Por terras do norte




DOURO!











Sem palavras pois o momento é de contemplação









Entre o Douro e o Tâmega...
Completamente enamorado!









Lado a lado novos e surpreendentes olhares ao longo das encostas sinuosas, numa tranquilidade sentida...

quinta-feira, agosto 4

Conhecimentos virtuais

Esta manhã, no meu carro, sintonizei a Antena 1. João Gobern iniciava o seu apontamento, desta vez o tema era alguém que na América latina se tinha passado por um outrem no Facebook, uma história que meteu rapto e polícia. Acabei por sorrir pois o "predador" fora um jovem de 13 anos e a vítima um homem que nele encontrara o amor da sua vida, ou melhor no perfil que lhe fora divulgado ao longo de seis meses de uma jovem e próspera empresária.
Recuei muitos anos, lembrei o ano de 1973. Nessa altura nem telemóveis, nem internet...
Estava em Canquelifá, um ajuntamento no fim do mundo, algures na Guiné.
Actuais eram as revistas Crónica Feminina, Plateia e outras que publicavam pedidos de "madrinhas de guerra" tão apoiados pelo Movimento Nacional Feminino.
Éramos quatro, um enfermeiro, um da manutenção e dois artilheiros, quase representativos de do Portugal da época. Um do Norte, um do Algarve, um de Lisboa e outro da Madeira.
Resolvemos criar uma "criatura" e publicitar pedido de madrinha de guerra...
Hoje, o E-mail não nos diz a morada correcta, naquela época o SPM (Serviço Postal Militar) também era relativamente vago!
Criámos um nome: HUGO PAULO CORTEZ REAL DE VASCONCELLOS.
Sonante não é?
Foram algumas as cartas que recebemos. O Hugo era quase completo! Oriundo da "linha" era um desportista nato, conhecedor de música, literado, algumas línguas, viajado..., pudera, era quatro em um!
Era um momento de criatividade colectiva elaborar as cartas, algumas de muitas folhas.
Era um momento recreativo receber as cartas das madrinhas...
O tempo de ócio acabou, a guerra ocupou-nos, o Hugo desapareceu!
Há relativamente poucos anos, encontrando um Sargento da companhia, com um sorriso evocou "HUGO PAULO CORTEZ REAL DE VASCONCELLOS" como fazia ao distribuir a correspondência de uma forma cúmplice nos confins da Guiné.

quarta-feira, julho 27

caminhada







Uma gota de sol cai , deposita-se esgotado pelo dia!






Num jogo de escondidas, ora desaparece ora me surpreende numa curva da mata!









Já te vi de novo, entre as silvas e as árvores...









Foi quinta, que segredos encerram as paredes...











Na capela que foi, vestígios de azulejos de outros cruentamente arrancados por cinzel chamado ganância.








Mesmo na adversidade, alguém resiste. Apresentou-me o seu melhor lado contra a velha parede.



Uff, cinco quilómetros indica o "pedómetro".
A mente viajou anos...

terça-feira, julho 26

Dia dos Avós!

Fui surpreendido esta manhã com o anúncio deste dia, como dia dos Avós. Não sei há quanto tempo isto acontece mas se há alguns anos, confesso que ando distraído.
Não sou avô mas no meu dia a dia lido com muitos. Enternece-me o desvelo com que falam dos netos mas questiono-me quanto à relação que deveria ser, no meu entender, esta hierarquia familiar.
Certamente chocarei muita gente, alguns amigos, ao afirmar que muitos deles gostariam de ser avós ultrapassando a condição de pais! Será que é possível?
É aqui que sinalizo esta relação direi que inacabada ou mal resolvida entre pais e filhos, pretensamente colmatada com o aparecimento dos filhos dos filhos.
Por esses, os netos, estão dispostos a tudo, deles colhem novos afectos, enquanto puderem... (ser úteis, rentáveis, eficazes).
Se por um lado há uma ausência "natural" dos filhos, por outro há um retomar do ciclo do "cuidar" dos avós, como que de sua responsabilidade única fosse o acompanhamento dos netos. Penso que este papel, segundo a minha visão, não é entendida como complementar, mas básica.
Hoje os avós não são aqueles seres "Doces e Enormes" que deviam existir na rectaguarda, reserva dos afectos, tornam-se peões de primeira fila da crueldade do dia a dia, facilmente afastados por quezílias de egoísmos, envolvidos em tarefas ditas de "apoio" de rotinas estoicas amordaçadas pelo "AMOR".
Recuso-me a aceitar este papel.
Ninguém, absolutamente ninguém deve desistir de si, desviar-se do sentido, da realização da VIDA, mesmo que de netos se trate!
Complemento, partilha sim mas nunca abuso!
Conheço muitos que o fazem pesarosamente, como fado.
Conheço outros que o fazem como se de missão se tratasse.
Conheço outros que vivem para isso...

terça-feira, julho 19

Galeano

Como sempre afirmo, não sou incondicional de ninguém.
Gosto de ouvir quem sabe, admiro quem o demonstra, mas rendo-me a quem SENTE!
Convido-vos a beber e a partilhar estas palavras lúcidas:

http://www.youtube.com/watch?v=mdY64TdriJk&feature=player_embedded

quinta-feira, julho 14

Ai Portugal, Portugal...

Este não deixei passar!!!
Não sabia que o IEFP se prestava a competir com os Gatos Fedorentos em matéria de humor (negro).


Bem-vindo ao IEFP NETemprego (http://www.netemprego.gov.pt).

Temos o prazer de informar que foram seleccionadas as OFERTAS abaixo indicadas e que correspondem ao perfil de pesquisa que definiu no nosso sítio.

Oferta Nr: 587775734
Ver detalhes em
http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/pesquisas/detalheOfertas.do?idOferta=587775734&name=ofertas&tipoOferta=ABE&emailOrigem=
Profissão: ANALISTA DE SISTEMAS - INFORMÁTICA
Local de trabalho: ALCOBAÇA
Habilitações mínimas: MESTRADO

Esperamos que encontre o emprego que procura.

Aguardamos pela sua visita.

IEFP NETemprego

terça-feira, julho 12

Caríssimo Fernando...

Dizes-te preocupado! Não será melhor acompanhares atentamente?
Não têm sido poucas as vezes em que te consomes, desgastas com cenários numa tentativa de antecipação de análise todas as hipóteses. E esgotas-te, empobreces os teus relacionamentos, envergas uma carapaça como se de todos os males te defendesse. Não notas, mas não só não te proteges como blindas a aproximação do "outro" que te faz bem.
E tantas são as vezes que chegas à conclusão que afinal prognósticos, como dizia o célebre João Pinto do FCP, só no fim. E amarguraste-te de uma forma insana e gratuita.
Vive, vive intensamente o dia a dia. Sorve até à última gota do segundo. Já te vi ocupado em escavações de um invisível distante, distraído de um palpável próximo que se escapou.
Ah, esquecia-me sê grande, sê único.
Dor?
Que seja autêntica, que valha a pena vivê-la. Para que se quer uma "dorzinha" banal, igual a tantas de tantos? É uma questão de exclusividade!
Alegria?
Que seja também honestamente vivida e assumida. E igualmente intensa! Não façamos por menos!
Muitas vezes me tens ouvido dizer que há que procurar os equilíbrios. Os extremos existem. A nós compete-nos fazer uma gestão de forma que encontremos a Harmonia, principalmente a comunhão do nosso corpo com o espírito. Acredito que conseguida ninguém fica imune ao contágio.
Difícil? Mais para uns que outros.
Sempre foste de desafios!
Um abraço.

sábado, julho 9

estar desperto, atento


Perdido o olhar sem procura,o imprevisto ao dobrar a curva...


Suave e lento de novo recosta-se quase exausto no seu mar lençol de manhã abandonado...

terça-feira, julho 5

com muito prazer!

"Sinto Muito" de Nuno Lobo Antunes voltou a estar à distância do meu braço.
Digo voltou porque já uma vez o tive. Mas para se estar verdadeiramente com este livro precisa-se de estar em pleno, mente liberta, coração disponível, sensibilidade desbloqueada.
Mais que relato uma transferência de sentires, uma emoção.
Quem disse que um técnico não se pode envolver?
A quem desperte curiosidade....
"A VIDA É TEMPO ENTRE PARÊNTESIS.
ALMA A NU, SENTIMENTO DESPIDO DE PUDOR.
O AMOR COMO RAZÃO DE SER E DE VIVER."

domingo, julho 3

interregno...

Julho chegou e com ele um interregno da minha actividade "lúdica" e de partilha.
Este ano foi duro.
Confesso que andei mesmo nos meus limites. 160 entre Sobral de Monte Agraço, Sapataria, Santana da Carnota, Carregado e Alenquer.
Este desafio que aceitei foi, ao longo do ano, como se imagina, de uma intensidade imensa.
Cada um tem o seu ritmo e ver a suas entregas, mesmo com limitações é gratificante.
O objectivo, a informática, confundiu-se muitas vezes com um boa gargalhada, um brilho de olhos de prazer, descobertas pueris em cabeças enriquecidas de prata.
Empenhadamente todos se entregaram.
Ganhámos todos!
Para o próximo ano não posso manter o mesmo ritmo, mas estou contente, lancei sementes de possibilidades.
Agora vou encontrar as minhas férias, mudar rotinas por uns tempos, pensar em novos encontros, outras vivências...

quarta-feira, junho 15

Sinto-me indignado!

Sou dador de sangue há mais de duas décadas.
A primeira vez que o fiz foi aquando a minha passagem pela tropa, ainda na recruta. Considerava-se o acto como extraordinário e para que assim constasse, na minha caderneta militar foi exarado o seguinte:
"Louvado pelo Ex. Senhor Comandante porque voluntariamente se apresentou para dar sangue demonstrando assim um alto espírito humanitário pela colaboração solicitada pela Liga Portuguesa contra o Cancro no combate a tão terrível doença, um dos maiores flagelos da humanidade".
Este acto tão banal era nessa época alvo de tão pomposo discurso!
A dado momento da minha vida decidi que era uma forma de afirmação solidária de cidadania e comecei a doar sangue periodicamente ao longo de cada ano. Natural, voluntário.
Recentemente tornou-se público este crime:

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/sangue-dadores-tvi24-saude/1260161-4071.html

Certamente algum do sangue que doei ao longo do tempo seguiu este fim!
Como explicar? De quem a responsabilidade?
Crime, sem apelo nem agravo e como tal deveriam ser julgados os responsáveis.
Estamos habituados à impunidade deste actos e tal faz-nos descrer na justiça e honestidade das instituições.
Não me demovem, continuarei a doar o meu sangue independentemente da incompetência deste agentes, pois as causas, as pessoas ainda têm um peso maior nas minhas decisões, dão sentido à minha VIDA.
Sinto-me indignado e cada vez mais penso que, usando por analogia uma linguagem profissional, este país está a precisar de uma purga destes vírus parasitas, coloquemo-los em quarentena e se não resultar um "format" radical.
Façamos um País novo.
Basta de encolher os ombros, de aceitação destes episódios como se de uma calamidade de geração espontânea se tratasse.
Quem responsável, conhecedor ou conivente desta afronta ao POVO pode dormir descansado? Um concurso há cerca de dez anos? Trata-se de Pessoas, Vida.
Betão ou petróleo se tratasse, nunca tal ficaria no esquecimento!
Haja VERGONHA!


segunda-feira, maio 30

às vezes mais valia não ouvir...

Sábado, como gostaria de ser Eduardo e ter mãos de tesoura...
Manhã cedo, vinha abaixo, vinha acima, desbravava caminhos possíveis para uma passagem de tratamento. As vinhas são solidárias, abraçam-se fortemente...
E nada como um trabalho mecânico num sábado de manhã para a mente voar em considerandos de propósitos ou mesmo ponderando as notícias da semana. E claro, a bárbara agressão entre jovens tornada pública no caixote do lixo das elites, ocupou a minha mente.
Questionava como é possível chegar-se tão longe...
Vim engolir uma gota de água e de novo de forma mecânica abri o rádio. Antena 1 entrevistava alguém que debitava sabedoria de educação. Só algum tempo depois identifiquei ser David Justino, ex ministro da educação e assessor de Cavaco Silva.
A propósito, perguntava a jornalista que pensava o Prof. daquela violência entre aquelas jovens. Que não era de todo inovador, que já no tempo dele nas escola havia episódios daqueles. A principal diferença era que naquela época não havia Facebook ou Twitter, etc...
Não Sr. Dr, somos sensivelmente da mesma idade, e posso reavivar-lhe a memória. Se surgissem episódios semelhantes, não havia uma claque impávida e serena. Do grupo surgiam uns tantos a por cobro às agressões...
Outros tempos, valores que se foram perdendo...
Fiquei admirado com a sua opinião "branqueadora", mas depois, reflectindo cheguei à conclusão que o Sr estava a ser "cool", "prá frentex", bem integrado na equipa do seu chefe que toma o FacebBook como principal forma de comunicação ao povo desta Nação que preside!
Light, very light...

quinta-feira, maio 12

Eleições 5 de Junho

Na "Catedral" da democracia, a Assembleia da República, (devia, não era?) o magnífico presidente do alto da cátedra em voz sonora e grave o mais possível , questiona: "quem vota a favor, quem vota contra, quem se abstém?"
Não raras são as vezes as manifestações abstencionistas, muito consideradas e registadas como válidas no processo de determinação de uma escolha.
Ninguém apelida de abstencionista de uma forma depreciativa um deputado porque se entende que é a posição assumida face a uma qualquer votação.
Pois eu gostava que nos boletins de voto constasse uma quadrícula para os abstencionistas, aqueles que deliberada e conscientemente entendem que o sistema vigente está caduco, aqueles que querem manifestar a sua desconfiança nos mercenários da política, exercendo a sua afirmação de cidadania. Se eu não confiar nos partidos que me são colocados em escrutínio, qual a forma de o manifestar?
Nulo? Não é certamente correspondente à minha intenção!
Branco? Não define a minha indignação.
Resta a minha afirmação consciente de que não quero, que afirmo não ser este caminho.
A abstenção é como uma faixa maldita que por um motivo ou outro identificada como desinteressada, sem consciência cívica que troca a sua participação na construção do país por uma praia, férias ou mesmo comodismo!
Não, não sou comodista, não vou de férias, não vou para a praia.
Cívica e consciente opto por não votar.
Ainda gostava de ver a correspondência de uns votos expressamente abstencionistas ao número de cadeiras do parlamento...
Se calhar seria a forma democrática de uma mudança a que os partidos não estão dispostos por razões óbvias de clientelismos, privilégios e favores.
Vou lançando a ideia aos que me rodeiam, democraticamente que decidam...

segunda-feira, maio 2

Bin Laden

Logo pela manhã ouvi as notícias, a mais ruidosamente noticiada era a morte (assassínio) de Bin Laden.
Só por si esta notícia não me chocou. Chocou-me isso sim ver as manifestações de gáudio nas ruas como se alguém pudesse sentir-se verdadeiramente feliz com a morte de alguém. Que primitivismo...
Depois há a triste, a degradante, a irracional divulgação das fotos do morto tal como se de um troféu se tratasse.
Esta cena, pelos mesmos motivos repete-se aos meus olhos. Na Guiné, na guerra colonial, à notícia do assassínio de Amílcar Cabral seguiram-se festejos. Tal como agora, o primitivismo, o despertar da besta que há dentro do Homem.
Haverá alguém suficientemente ingénuo que pense que o terrorismo acabou? Isso sim merecia celebração. A vida ceifada, seja lá de quem for merece respeito e aqui se enquadra a justiça. De outra forma não!
Que nojo, que vómito!

sexta-feira, abril 15

coisas que se olham e vêem ...ou não!





De pequenos nadas preencho a minha vida. Lavo o olhar educo a sensibilidade, reforço-a. Sinto-me rico! Vivo e ainda sinto!









Caído, insignificante, esquecido...



















Tomei-o em meu olhar e captei-lhe a beleza
silenciosa como gente em recantos esquecida.

segunda-feira, abril 11

são Suíços, são Suíços...


Porque será que a Suíça não está na zona Euro?
Poderão alguns pensar que não são solidários que é uma sociedade fria e deficitária de afectos.
Deixo aqui uma notícia que certamente não foi ouvida nem servirá de exemplo aos senhores "engenheros" que tanto gostam de apregoar o que se faz lá fora (em certos coçares "para dentro").

http://www.youtube.com/watch?v=N5Sa6ravE1w

sábado, abril 2

coisas simples...


Cerejeiras ou pereiras, a Primavera chegou em força. Tenho tempo, tenho disponibilidade interior para ver e pacatamente apreciar. Sinto-me revigorado!
Como na vida os momentos são únicos, o hoje não será mais igual. Há que os viver em plenitude. Entre mim e esta dádiva de beleza só a minha vontade se interpõe. E eu QUERO, aceito!



sexta-feira, março 11

A bem da Nação (cheira-me a mofo!)

Fui contemplado! Parece que fui incluído no lote dos “ricos” detentores de pensões chamados à salvação do deficit.

Com toda a sinceridade não me choca e até na minha construção mental há muito que verbalizo que devia contribuir para a segurança social, mesmo depois de reformado. Claro que preferia saber que estava a contribuir para algo social, desta forma, não, preferia escolher o ladrão!

Será que ouvi que as ajudas de custo da classe política aumentaram ou é boato?

O que me causa indignação é não saber para onde ou quem estou a contribuir, para onde ou quem estou a dar o meu contributo. Juros, empréstimos, juros e mais empréstimos...

E eu que procuro nada dever a ninguém, que sempre entendi não dar um passo mais longo que a perna...

Não os coloquei no governo, este Sr. Sócrates não me merece confiança. Não gosto de feiras embora me sinta povo, detesto vendedores de banha de cobra.

A bem de Portugal, em defesa do Euro...

Sinto-me quase iletrado, não entendo, não entendo...


segunda-feira, fevereiro 28

a realidade de um "sonho"

Foi há dias no Carregado. Professor, gosta de surpresas? Do alto dos seus setenta e ..., um sorriso travesso, um olhar brilhante. Sabe, acho que a aceitação doseia o meu espanto, a surpresa dilui-se, respondi.

Faltavam dez minutos para acabar a minha sessão de informática. Silenciosamente a Cristiana e a Elisa levantaram-se e foram para o extremo da mesa. De um saco, uma imaculada toalha branca e meia dúzia de chávenas surgiram como que por magia. A um canto, ligada a uma tomada, a água começou a borbulhar...

Chá e sonhos para lanche, a rematar a minha “terapia informática”, no último dia da semana. Aqueceram-se os corpos com um chá quente, as almas com a generosidade espontânea. Deliciosos os sonhos, delicioso o momento. O motivo? O momento chegava!

Prometi partilhar a receita, a receita da Cristiana, aqui vai:


Ingredientes
½ litro de água
Uma colher de chá cheia de açúcar
200g de farinha de trigo
50 g de farinha Maisena
Uma colher de chá de fermento Royal
50g de margarina ou manteiga
7 ovos
Duas cascas de limão
Uma colher de chá de sal

Modo de fazer
Num tacho deita-se a água, a manteiga o açúcar, as cascas de limão e o sal. Deixa-se ferver durante três minutos, retirando em seguida as cascas do limão.
Numa tigela deita-se as farinhas, raspa de limão e o fermento misturando muito bem em seco.
No tacho ao lume, deita-se as farinhas e com uma colher de pau mexe-se muito bem até fazer uma bola. Retira-se do tacho a massa e deixa-se arrefecer um pouco.
Com batedeira vai-se misturando aos poucos a massa e deitando um ovo de cada vez.
Aquece-se óleo numa fritadeira ou tacho mas não demais para não queimar, deita-se colheres de massa. Os sonhos vão alourando e estufando.
Com uma agulha de renda ou malha sem “farpa” picam-se os sonhos para evitar rebentar.
Ainda quentes polvilham-se com açúcar e canela ou calda de açúcar.



domingo, fevereiro 20

REFLEXÕES SOBRE O FACEBOOK

A minha amiga Fernanda partilhou com alguns amigos esta reflexão. Inspirada, interessante, humorada. Subscrevo-a e partilho!

"Não aderi a nenhuma rede social virtual – nem nunca me seduziu aderir – mas ontem fui surpreendida com a informação de que estou no Facebook...

Uma foto indiscreta, colocada pela Ana, denuncia a minha presença num almoço com um grupo de amigos queridos, onde estou caricata e alegremente ostentando, sobre o cocuruto, um chapéu em forma de cone!!!
É a segunda vez que isto me acontece! A primeira aconteceu quando me apresentaram a Carla. “Eu conheço-te!” – disse ela. Concluí de imediato que talvez tivéssemos frequentado algum local em simultâneo. Mas não! “Conheço-te do Facebook! Estás numas fotos tiradas em Sintra!” Ah!... – disse eu - Então foi a Vie!!!
Ora aqui está uma provocação que me conduziu a uma reflexão sobre esta questão das chamadas “redes sociais”....
Não tenho, nem nunca tive, fotos minhas expostas em casa. Porquê? Talvez porque as minhas memórias não estão naquela forma energética. Não preciso de fotos – que apenas mostram uma “realidade” que para mim já não existe – para me lembrar do que o meu coração guarda.
Sendo assim, se não tenho exposição de fotos em casa, por que razão estou eu numa exposição que pode ser vista pelos mais de 500 milhões de “users” do Facebook? ...sem considerar aquele pequeno detalhe de que passei a fazer parte dos arquivos do FBI – que luxo! – já que, mesmo que sejam retiradas, todas as fotos publicadas, uma vez publicadas, passam a ser propriedade do Governo dos EUA...uma medida gloriosa em prol da vitória, na “Guerra contra o Terror”! – sim, porque nunca se sabe qual dos nossos amigos é amigo de quem, não é?. Os “rapazes” têm lá as suas razões... afinal de contas, espiões russos, que foram recentemente presos pelo FBI, confessaram ter escondido mensagens secretas em imagens disponíveis na internet.
Neste aspecto, não é só através do Facebook que as nossas vidas vão estar sob o olhar paternal do nosso Big Brother... Como talvez saibam – veio no Diário de Notícias de 2 de Janeiro 2011 – há um acordo entre o Governo português e os EUA para acesso às bases de dados do Arquivo de Identificação Civil e Criminal... e o FBI, com a justificação da luta contra o terrorismo, quer também aceder à ainda limitada base de dados de ADN de Portugal.
Um destes dias, por acaso, li o que o criador de um site anunciava: "Aqueles que acompanham o site pelo Facebook, foram avisados do encerramento da nossa conta que se dará esta semana. Qual o motivo de deixar de utilizar o Facebook? Aqui vai a resposta: nunca me senti confortável no Facebook e às vezes me sinto até “enjoado”. Confesso que fiquei, num primeiro momento, relutante em encerrar a minha conta, principalmente porque muitos acompanham as postagens por lá. Todavia, sempre que entro no Facebook, me sinto muito mal e não sei explicar o por quê.
Não sou capaz de adivinhar o que se passa com este jovem, mas é evidente que ele consegue captar alguma coisa de estranho que se passa na “rede”. Provavelmente não desenvolveu capacidades de defesa em relação a esse ambiente... um ambiente talvez idêntico a certos locais onde não nos sentimos bem ou outros espaços com “atmosfera demasiado pesada”.
Não faço a apologia do Facebook, mas também não quero “demonizá-lo”...embora alguma coisa me diga que essa rede social deve ter alguma espécie de íman que atrai aqueles meus amigos com quem gosto de conversar... o que agora raramente consigo fazer... porque não estou no Facebook!!!
O Facebook é sem dúvida uma poderosa ferramenta de marketing e divulgação e um interessante instrumento de uma nova forma de relacionamento.
E é sobre esta nova forma de relacionamento que as minhas reflexões se debruçam.
Ouvi há pouco no noticiário que uma freira que vivia em clausura no mosteiro de Toledo, em Espanha, foi expulsa do convento por ter conta no Facebook...Conhecida como a “Irmã Internet”, tinha mais de 2.000 seguidores!
Efectivamente... tudo está em mudança! Como relacionar a definição milenar de “clausura” – no conceito das diversas religiões, claro está – “fechamento”, como um arco de 360 graus a sugerir um círculo, sinónimo de um modo particular de vida, solitário, de afastamento do mundo, de ruptura de todo o vínculo com o mundo exterior, para uma entrega ao mais profundo do seu próprio Ser, de Deus ou como se queira chamar... como relacionar esta “vivência” solitária e interiorizada com a “convivência” do Facebook?
Fez-me pensar que há, provavelmente, muitos “solitários” à procura de Deus no Facebook!
Eu sou franca: Gosto mais de procurar Deus nas tais conversas com os meus amigos, à frente de um prato de sopa ou de uma chávena de café... ou então... seguindo a sugestão de Khalil Gibran, em “O Profeta”:
E se quereis conhecer Deus, não vos preocupeis em resolver enigmas. Olhai antes à vossa volta e vereis Deus brincando com os vossos filhos. Olhai para o espaço e vereis Deus caminhando nas nuvens, estendendo os braços no relâmpago e descendo na chuva. Vereis Deus sorrindo nas flores, levantar-se e agitar as mãos nas árvores”.

domingo, janeiro 9

Vida...de cão



Uma "fera" principalmente para os estranhos à família!
Mas todo o guerreiro tem direito a repouso. Com requintes de "gente", cabeça comodamente apoiada no braço do sofá, repousa tranquilamente. Sabe que é tempo da família vigiar o seu sono. Apaga-se.
Cúmplice, amigo, companheiro, rafeiro de eleição!
Lucky seu nome. Sorte a nossa de o termos no meio familiar!
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