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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quinta-feira, março 28

OFF

O botão "OFF", eram 21H 18M, funcionou na perfeição após "zapping".
Nem no canal Hollywood sou capaz de ver duas vezes o mesmo filme, ainda mais de terror!

domingo, março 17

Terapias de pequenos nadas!


Às vezes somos agradavelmente surpreendidos numa estrada desconhecida. Aconteceu-me!
Prendi-me com a beleza do miradouro, muito antes de o desfrutar! 
Apelativo enquadramento, as rochas, as mesas, os assentos, a pérgola...
Depois, o contraste de cores...
Não precisaria debruçar a vista no infinito...
A tranquilidade do encanto havia já sido conseguida!




domingo, março 10

Duas rãs numa taça de natas



Era uma vez duas rãs que caíram numa taça de natas.
Rapidamente se aperceberam de que estavam a afundar-se: era impossível nadar ou flutuar durante muito tempo na massa espessa como areias movediças. No início, as duas rãs tentaram bater as patitas para chegarem à borda do recipiente. Mas era inútil; por mais que se mexessem, não saíam do mesmo lugar e estavam cada vez mais atoladas. Sentiam uma dificuldade crescente em vir à superfície respirar.
Uma delas disse em voz alta:
- Já não aguento mais. É impossível sair daqui. Não se consegue nadar nesta pasta. Já que vou morrer, não vejo de que serve prolongar este sofrimento.Não faz sentido morrer cansada por causa de um esforço inútil.
Dito isto, deixou de bater com as patitas e afundou-se rapidamente, engolida pelo espesso líquido branco.
A outra rã, mais persistente ou talvez mais casmurra, disse de si para si mesma.
    - É escusado! Não consigo avançar nesta pasta. No entanto, se vou morrer, prefiro lutar até ao meu último fôlego. Não quero morrer um segundo que seja antes da minha hora.
    Continuou a dar às patas e a chapinhar sempre no mesmo lugar, sem avançar um um centímetro sequer, durante horas e horas.
    E de repente, de tanto bater com as patas e com as coxas, de tanto mexer e remexer, a nata transformou-se em manteiga.
    Surpreendida, a rã deu um salto e, patinando, chegou à borda do recipiente. Daí, pôde regressar a casa, coaxando alegremente.
     
Jorge Bucay
"deixa-me que te conte"
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