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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, maio 30

às vezes mais valia não ouvir...

Sábado, como gostaria de ser Eduardo e ter mãos de tesoura...
Manhã cedo, vinha abaixo, vinha acima, desbravava caminhos possíveis para uma passagem de tratamento. As vinhas são solidárias, abraçam-se fortemente...
E nada como um trabalho mecânico num sábado de manhã para a mente voar em considerandos de propósitos ou mesmo ponderando as notícias da semana. E claro, a bárbara agressão entre jovens tornada pública no caixote do lixo das elites, ocupou a minha mente.
Questionava como é possível chegar-se tão longe...
Vim engolir uma gota de água e de novo de forma mecânica abri o rádio. Antena 1 entrevistava alguém que debitava sabedoria de educação. Só algum tempo depois identifiquei ser David Justino, ex ministro da educação e assessor de Cavaco Silva.
A propósito, perguntava a jornalista que pensava o Prof. daquela violência entre aquelas jovens. Que não era de todo inovador, que já no tempo dele nas escola havia episódios daqueles. A principal diferença era que naquela época não havia Facebook ou Twitter, etc...
Não Sr. Dr, somos sensivelmente da mesma idade, e posso reavivar-lhe a memória. Se surgissem episódios semelhantes, não havia uma claque impávida e serena. Do grupo surgiam uns tantos a por cobro às agressões...
Outros tempos, valores que se foram perdendo...
Fiquei admirado com a sua opinião "branqueadora", mas depois, reflectindo cheguei à conclusão que o Sr estava a ser "cool", "prá frentex", bem integrado na equipa do seu chefe que toma o FacebBook como principal forma de comunicação ao povo desta Nação que preside!
Light, very light...

quinta-feira, maio 12

Eleições 5 de Junho

Na "Catedral" da democracia, a Assembleia da República, (devia, não era?) o magnífico presidente do alto da cátedra em voz sonora e grave o mais possível , questiona: "quem vota a favor, quem vota contra, quem se abstém?"
Não raras são as vezes as manifestações abstencionistas, muito consideradas e registadas como válidas no processo de determinação de uma escolha.
Ninguém apelida de abstencionista de uma forma depreciativa um deputado porque se entende que é a posição assumida face a uma qualquer votação.
Pois eu gostava que nos boletins de voto constasse uma quadrícula para os abstencionistas, aqueles que deliberada e conscientemente entendem que o sistema vigente está caduco, aqueles que querem manifestar a sua desconfiança nos mercenários da política, exercendo a sua afirmação de cidadania. Se eu não confiar nos partidos que me são colocados em escrutínio, qual a forma de o manifestar?
Nulo? Não é certamente correspondente à minha intenção!
Branco? Não define a minha indignação.
Resta a minha afirmação consciente de que não quero, que afirmo não ser este caminho.
A abstenção é como uma faixa maldita que por um motivo ou outro identificada como desinteressada, sem consciência cívica que troca a sua participação na construção do país por uma praia, férias ou mesmo comodismo!
Não, não sou comodista, não vou de férias, não vou para a praia.
Cívica e consciente opto por não votar.
Ainda gostava de ver a correspondência de uns votos expressamente abstencionistas ao número de cadeiras do parlamento...
Se calhar seria a forma democrática de uma mudança a que os partidos não estão dispostos por razões óbvias de clientelismos, privilégios e favores.
Vou lançando a ideia aos que me rodeiam, democraticamente que decidam...

segunda-feira, maio 2

Bin Laden

Logo pela manhã ouvi as notícias, a mais ruidosamente noticiada era a morte (assassínio) de Bin Laden.
Só por si esta notícia não me chocou. Chocou-me isso sim ver as manifestações de gáudio nas ruas como se alguém pudesse sentir-se verdadeiramente feliz com a morte de alguém. Que primitivismo...
Depois há a triste, a degradante, a irracional divulgação das fotos do morto tal como se de um troféu se tratasse.
Esta cena, pelos mesmos motivos repete-se aos meus olhos. Na Guiné, na guerra colonial, à notícia do assassínio de Amílcar Cabral seguiram-se festejos. Tal como agora, o primitivismo, o despertar da besta que há dentro do Homem.
Haverá alguém suficientemente ingénuo que pense que o terrorismo acabou? Isso sim merecia celebração. A vida ceifada, seja lá de quem for merece respeito e aqui se enquadra a justiça. De outra forma não!
Que nojo, que vómito!
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