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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

sábado, abril 28

TDT



Esta foi uma realidade em muitos lares de Portugal.
"Precisa apenas do equipamento apropriado. Informe-se através do número 800 200 838 ou do site TDT.TELECOM.PT".
Pois, equipamento...
E quem tem unicamente uma televisão sem ligação possível ao conversor, que deve fazer?
Telefonei, e disseram-me que é possível aproveitar as televisões antigas com antena recepção UHF. Porque não se faz a mesma divulgação desta possibilidade da mesma forma como se propaga a aquisição de  descodificador?
Equipamento e mais equipamento. E custos? Com que direito?
Este processo foi manhoso, sem sensibilidade social, elitista, deficientemente esclarecedor.
Mais uma vez, em nome do progresso se determina, cegamente.
Um dia, não sei quando mas acredito que sim, o Zé acordará e mandará estes agentes decisores não para um ponto qualquer de reciclagem mas para uma central de eliminação de lixo tóxico.


quinta-feira, abril 26

Em comunhão

Há momentos de diálogo com...
O outro,
connosco,
aparentemente com ninguém.
Deu-me tempo para pousar a enxada, sacar da "arma" e mesmo com um ruído de fundo a jacto passando, disse-me,




Não o vi mas ouvi.
Senti!
Senti-me bem, privilegiadamente em comunhão, simplesmente...

domingo, abril 22

Dia da terra

O meu olhar...

 

quinta-feira, abril 19

O Despertar da Águia


Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para o manter cativo em sua casa. Conseguiu apanhar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Com sabem, a águia é a rainha de todos os pássaros.  
5 anos depois, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: 
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia!  
De facto - disse o camponês - É águia, mas eu criei-a como galinha. Ela já não é águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar de ter asas com quase três metros de envergadura.  
Não! - retrucou o naturalista - Ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas. 
Não, não! - insistiu o camponês - Ela habituou-se a ser galinha e jamais voará como águia.  
Então decidiram fazer uma experiência. O naturalista pegou na águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: Já que és de facto uma águia, já que pertences mais ao céu do que à terra, então abre as asas e voa! 
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente em redor. Viu as galinhas lá em baixo a debicar e saltou para junto delas.  
Eu não lhe disse? Ela transformou-se numa simples galinha! 
Não! - tornou a insistir o naturalista - Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. 
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia ao telhado da casa. Sussurrou-lhe: 
Águia, já que és uma águia, abre as asas e voa!  
Mas quando a águia viu lá em baixo as galinhas a debicar no chão e saltou para junto delas. 
O camponês sorriu e voltou à casa: 
É como lhe disse... Ela  agora é galinha! 
Não! - respondeu firmemente o naturalista - Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. 
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram-se bem cedo. Pegaram na águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. 
O naturalista ergueu a águia para o alto e disse: 
Águia, já que és uma águia, já que pertences ao céu, abre as tuas asas e voa! 
A águia olhou em redor. Tremia como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direcção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.  
Nesse momento, ela abriu as suas potentes asas, grasnou com o típico KauKau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou...voou... até se confundir com o azul do firmamento...  
Todo o ser humano tem dentro de si a faceta águia e a faceta galinha. A galinha representa as nossas necessidades mais básicas, como comer, dormir, beber, realizar afazeres domésticos. Representa a materialidade do quotidiano. Já a águia representa a nossa capacidade de evoluir, os nossos desejos mais profundos, os nossos sonhos e o nosso lado espiritual. 
Viver apenas sob o nosso aspecto galinha é mais fácil, por diversos factores. A nossa cultura, inclusive a organizacional, alimenta a galinha que existe em nós, valorizando pessoas que aceitam tudo sem questionar, que se contentam com pouco. Além disso, ser galinha envolve mais segurança, menos riscos. As pessoas, muitas vezes, preferem não arriscar ir além do galinheiro, mesmo que isso signifique não desenvolver todo o seu potencial, mesmo que essa escolha seja o sacrifício de muitos dos seus sonhos.
Fala-se muito no despertar da águia, no despertar da essência de cada um. Organizações discursam sobre a necessidade de novos talentos, de pessoas que ousem ir além, que inovem e que busquem realizar os seus desejos e superar os obstáculos. Contudo, frequentemente isso fica só pelo discurso. Na prática, os colaboradores-águias são tolhidos pela organização, quando não podem manifestar a sua opinião, quando as suas ideias são recebidas com hostilidade ou indiferença, quando são desvalorizados e treinados para agir sempre da mesma maneira. A insegurança é mais um factor que leva as pessoas a esconderem-se no galinheiro. Os gestores têm dificuldade em assumir que não sabem tudo, fruto também de uma cultura em que dizer “não sei” é sinónimo de incompetência. Esse medo só retarda o despertar da águia tão necessário nos dias actuais.
O grande desafio que o ser humano tem é saber equilibrar e integrar as dimensões águia e galinha. Essa articulação deve ser uma busca constante. Devemos todos tentar sempre desenvolver os nossos talentos, a nossa criatividade, a nossa capacidade de inovar, mas sem nos esquecermos de nossas necessidades básicas e das atividades rotineiras. Saber equilibrar os sonhos mais altos com as exigências da realidade é fundamental.
O tempo actual exige o despertar da águia. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para debicar.
Somos águias!
Do livro "O Despertar da Águia" de Leonardo Boff,
a partir da narrativa “A águia e a galinha”, de James Aggrey

terça-feira, abril 17

Os meus amigos seniores de Santana da Carnota mandaram-me dar uma curva. E eu fui, não uma mas muitas!
Serra da Estrela foi o ponto de eleição. E em bom momento o fiz!
Gouveia, Manteigas, Seia, uma zona fresca e deslumbrante!

Melo, Gouveia, o refúgio para noites reparadoras.
Berço de Vergílio Ferreira, nascido em 1916.
Na praça principal, num empedrado cuidado, o percurso do escritor, na parte central, vida académica ao longo da vida.
Ladeando a praça, retângulos de granito, legendas das obras do escritor.
Uma feliz homenagem ao ilustre filho da terra. O espólio está entregue à Câmara Municipal de Gouveia.
É em Gouveia também que se encontra o Museu Abel Manta





Palavras para quê?
O alto derrama sonora,
costa abaixo, livre,
a cristalina água... 




A legenda incorporada...


 e subimos, fomos ao encontro...

Valeu a pena...


A vista lavou-se!











Gouveia, zona envolvente da Casa da Cerca














Seia, Museu do Pão.

segunda-feira, abril 2

Sobral de Monte Agraço - Caminhadas

Pelas serranias do Sobral de Monte Agraço

O tempo? Ameaçador! De chuva, de alegria para os campos. Foi-se a ameaça, foi tempo de concretização.
Cerca de duzentos corajosos dispuseram-se a palmilhar trilhos, serra acima, abaixo, trilhos enlameados, sinuosos, janelas para campos coloridos, improváveis verdes provocados pela secura.
É sempre bom fazer estas caminhadas onde o olhar tem que estar atento ao tropeção e ao apelo do espectáculo.
Os pulmões excedem-se, os músculos afirmam-se, alguns rostos incendeiam-se.
Entre o grupo, mesmo conhecimentos do momento, uma troca jocosa de palavras, um comentário de ocasião.
E, se tivermos a sorte de para além de amigos a família em bloco nos acompanhar, qual lama, qual chuva, vento, frio?
E a verdade é que o sol voltou em presença amena, ideal para o momento...

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