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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

terça-feira, agosto 29

Para ti Lua de Prata

Filha, menina, confidente, dócil, frágil, cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Menina, confidente, dócil, frágil, cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Confidente, dócil, frágil, cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Dócil, frágil, cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Frágil, cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Cúmplice, guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Guerreira, advogada, amante, companheira, mãe!
Advogada, amante, companheira, mãe!
Amante, companheira, mãe!
Companheira, mãe!
MÃE
M U L H E R!

segunda-feira, agosto 28

João

João, chamemo-lhe assim.
Setenta e dois anos de vida, um rol de vivências acumuladas, experiências conseguidas e outras menos.

Rosto esguio, tez queimada em jornas sem horário, corpo franzino, olho vivo de um brilhosinho permanente, sorriso envergonhado mas franco.
Mãos calejadas de cabos de alfaia, rudes, enormes de construtor de mundos, gentis em gesto e dádiva.


“Parei pela vida. Não estudei mais, mas importei outras coisas.”

E importou mesmo! É um HOMEM, tenho o privilégio de o conhecer.

quarta-feira, agosto 23

Telemóvel, telemóveis...

Despertei. Quase mecânico, um olhar.
Não, não havia mensagens, uma vez mais o telemóvel não tocara durante a noite.
Permanece ligado, como vem acontecendo noites e noites, há anos.
No visor, um só registo – silêncio. Registo acumulado de muitas e muitas noites.
Tomei-o em minha mão, um olhar ainda não desperto.
Nomes, lista…
Muitos, tantos…
Quem?
Este já nem sei, … lixo…outro, para que mantenho este? Lixo!
Grupos, uhm... sem grupo, família, vip, amigos, emprego, outros.
Percorro a lista, percorro as pessoas!
A, amigo, sem dúvida. M, pois…L, talvez…ali. X , não sei bem..K , sim pode ficar aqui.
Revendo.
Também encontrei dificuldade em colocar neste “grupo AMIGOS” muitos nomes. São poucos. Bons, certamente.
E o meu, o meu nome em que grupo estará inserido, em portadores do meu número de telefone?
No mínimo, gostaria de ser tecla rápida… (desejo!)
Não em muitos. Em alguns, bons!

sexta-feira, agosto 18

encontros...felizmente passados

(clique na imagem)

Intenso...enquanto vivido!

terça-feira, agosto 15

Dar, receber, partilhar...

É isso. Ultimamente tenho meditado muito no sentido destas simples palavras.
Claro que se pode ficar pelo significado literal, e pronto. Ou quem dá acha que sim, quem recebe acha que sim, quem partilha acha que sim,
E acaba-se a discussão.
Mas eu hoje quero discussão.
Direi que dar e receber é acção direccional. Partilhar é bidereccional.
Há quem se sinta bem em dar, dar o que tem...em excesso, mecanicamente. Há quem se sinta bem em receber, receber o que não tem. E há quem, dando e recebendo o faz como partilha. Não os excedentes, não os deficits.
Para este último grupo, é preciso mais que TER! É urgente que se SEJA, mais que se tenha.
Neste momento deixo-me seduzir pelo percurso desta viagem plena. Plena em emoção, descoberta, em Paz. Ensaio o caminho.
Cresço, adquiro riqueza, tranquilidade.
Dos meus, tempos, bens, prazeres, sonhos, medos e vivências, abdico um pouco em troca com outros tempos, bens, prazeres, sonhos, medos e vivências. Recebo, entrego-me. PARTILHO..
E sinto-me bem. Invejosamente bem!

Ps. TER, simplesmente TER?
Não me seduz a ideia de beleza de uma morte com a boca cheia de moedas!

segunda-feira, agosto 7

quinta-feira, agosto 3

Que bem se respira aqui....

De cinzento plúmbeo, aqui e ali, lâminas de prata reflectindo uma lágrima da Lua em despedida da noite, o Tejo deslizava sossegado, espreguiçando quando possível ao longo da margem, tantos segredos e cumplicidades acarretando. De braços abertos de imenso, o mar envolvendo-o deixava de ser um, para de dois em um só transformar-se. Afecto, quero que seja isso. Não? Mas se fui eu que vi, quem me pode desmentir?
Um iate deixa-se embalar numa ânsia de partida, indolente, mas decidido. Solitário, navegador solitário em busca de reconciliação. Apreensivo mas desejoso de iniciar novas rotas, descobrir, sentir novos sentires, desafiar o seu limite. Vi-lhe o brilho dos olhos quase como dois pequenos faróis. Exagero? Quem quiser não acredite!
Em sentido contrário, negro, enormemente imponente, desgastado por não sei quantas vagas vencidas, sulcadas em matiz de branco espuma, um porta contentores. Dezenas de homens, fato-macaco laranja pôr de sol, emprestavam um colorido ao cenário. Sorrisos, sôfregos olhares saciados nas colinas da majestosa Lisboa, ainda adormecida. Sonhos, planos, sonos reparadores não embalados, por meia dúzia de dias.
Uns chegam, outros partem.
Uns partem porque querem chegar.
Outros chegam desejando partir.
Para estes uns braços que se estendem. Para outros, braços que se abrem.
Em uma estrela, algures, o elo, a LUZ .Dá-se, recebe-se.
Vi, senti, respirei e fui confidente.
O Sol, quando se apercebeu, tudo já se tinha passado.
Talvez amanhã!
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