Momentos há em que a tristeza invade, corrói, abre brechas na nossa muralha, quase nos vence.
Um ténue esvair de forças, um não querer estar em lado nenhum, um permanente desejo de solidão, o descrédito nas faculdades, o sentir que estamos a mais, uma ausência de querer, um deixar, um não importar-se.
A paleta das cores da vida esgota-se e restringe-se a um cinzento forte, a música dá lugar a um só tom… de silêncio. A garganta seca em nó, o olhar turva-se em trémula lágrima contida, uma voz em permanente latejar grita “as nossas vidas não se encontrarão mais”, uma e outra vez!
E quando tudo nos parece em declive imparável, quando no esvaziar de um copo se busca no fundo um Norte, quando ainda há consciência desta viajem em rota desgovernada, com partida, sem chegada, recorre-se à navegação à vista, em busca de um outro Farol, pois o que fora em tempos, porto de abrigo, a Luz em lamparina se transformou, sombras povoam o cais, agora despojado de valores, pálido, frio, fantasmagórico.
Libertem as amarras, desfraldem as velas, recolham a âncora, que os ouvidos se tornem surdos ao cântico da Sereia.
Navegar é preciso.
Um ténue esvair de forças, um não querer estar em lado nenhum, um permanente desejo de solidão, o descrédito nas faculdades, o sentir que estamos a mais, uma ausência de querer, um deixar, um não importar-se.
A paleta das cores da vida esgota-se e restringe-se a um cinzento forte, a música dá lugar a um só tom… de silêncio. A garganta seca em nó, o olhar turva-se em trémula lágrima contida, uma voz em permanente latejar grita “as nossas vidas não se encontrarão mais”, uma e outra vez!
E quando tudo nos parece em declive imparável, quando no esvaziar de um copo se busca no fundo um Norte, quando ainda há consciência desta viajem em rota desgovernada, com partida, sem chegada, recorre-se à navegação à vista, em busca de um outro Farol, pois o que fora em tempos, porto de abrigo, a Luz em lamparina se transformou, sombras povoam o cais, agora despojado de valores, pálido, frio, fantasmagórico.
Libertem as amarras, desfraldem as velas, recolham a âncora, que os ouvidos se tornem surdos ao cântico da Sereia.
Navegar é preciso.