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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

sexta-feira, agosto 31

Convívio Sénior


Eu disse que voltava!
Ontem, uma vez mais fui até ao espaço Sénior do Carregado. Ali estavam muitos dos meus alunos de informática, mas essencialmente ali estava o que considero o espírito saudável, o testemunho do que pode ser o bem envelhecer.
O Afonso, a Lourdes e a Luísa
Convidei a minha aluna do Sobral, Lourdes a conhecer pessoalmente uma outra, a Luísa, uma vez que  já se “conheciam” via net.
O que se passou na tarde de ontem, creio que dificilmente encontro palavras para descrever. A Lourdes transmite uma imensa alegria de viver e, quando ao seu colo o seu amigo acordeão respira, a música instala-se, a alegria irradia, contagiante.
Foi bom ver a leveza dos corpos, a libertação de qualquer maleita instalada pela idade. Dançou-se, cantou-se, riu-se.
O Renato, a Lourdes e o Afonso
Foi bom ver o Renato, marido da Lourdes afagar carinhosamente o acordeão enquanto ela cantava, e dele extrair por momentos, sons de acompanhamento, quase de forma comprometida, há quanto anos não o fazia...Foi bom vê-lo dedilhar no braço da filha, uma imaginária guitarra, de uma bengala fazer um contrabaixo, de tal forma contagiante que de uma canadiana arranquei sons de violino, sem desafinar.
Foi bom ouvir a Lourdes cantar e por arrasto todo o grupo.
Eram já dezanove quando resolvemos acabar o convívio. Ninguém estava com pressa...
Com pouco, muito se fez.

Afirmo, fez-se, não se esperou que alguém fizesse!
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Mais registos:
Fernanda, Luísa
Júlia, Irene, Dulce


Suzete, Isabel, Cristiana, Fernanda, Mário, São

Conceição, Júlia, Suzete

Como se faz a Ginginha, explica a Cristiana


Conversa animada, mesa gulosa...















terça-feira, agosto 28

Andando por onde quero...(ainda)

 
MONTEJUNTO!
Há já vários anos que amanheço olhando a sua imponência...Hoje resolvi tomá-lo, apossar-me do alto dos seus quase setecentos metros...





Olhei e reparei. Não basta olhar, é preciso ver. Um ténue reflexo de luz ao fundo...










Dezenas de pequenos peixes no interior da pia. Como vieram aqui parar? Não sei, nem me interessa, o importante é que estão, neste momento.









Grutas, ruínas, tanta estória por contar...
Marcado está um encontro para melhor ver e escutar...














Surpresa! Mesmo no alto, um parque de merendas acolhido em frondosas árvores de sombras imensas.
Ficou o convite para um dia a passar nestas paragens.
Tanta vereda por caminhar, tanto ar, tanto ar...








Quase a sair...
Cortaram, recortaram, retorce-se e teimosamente ostenta seus braços, sua rama...
Ergue-se quase gente!
Ai Portugal, Portugal!



domingo, agosto 26

Obrigado, Querido Governo!



Recebi este texto delicioso, partilho-o!


"Agradeço ao governo pelo que tem feito pelos reformados, pois eles não precisam de aumento (e podem muito bem viver sem 13º e 14º mês), não pagam luz, gás, rendas, remédios, etc., como todas as outras categorias. Tudo lhes é dado gratuitamente, ao contrário de parlamentares, juízes, ministros, etc., que têm de trabalhar duro para conseguir o pouco que têm. Aposentado só trabalhou por 30, 35, 40 ou mais anos, descontando durante esses anos todos para uma Segurança Social que hoje o acha culpado de todos os males.

Reformado vive de teimoso, pois já não se precisa mais dele, agora que não trabalha mais; é um vagabundo e só serve para receber o valor da reforma.

Além disso, a única greve que os reformados podem fazer é a de não mais morrerem e entupirem um pouco mais os hospitais públicos, com suas doenças.

Cordiais saudações.

Nós, os reformados, agradecemos seu carinho e respeito.

Não deixem de repassar.... Portugal precisa acordar! e começar a pensar seriamente que nas próximas eleições o nosso VOTO seja em BRANCO para que sintam que ainda somos gente..."

Obs.
Não, não votarei em branco. Aí contribuo para o enriquecimento de um sistema corrupto e sectário.
Pura e simplesmente não tenciono ir lá!


terça-feira, agosto 21

Serra do Socorro


Serpenteando estrada acima, pavimento irregular empedrado, cheguei ao topo. Já me haviam falado, referência ocasional de uma conversa breve, circunstancial. A serra do Socorro!
A primeira impressão foi que não havia chegado ao topo de uma serra mas sim ao cimo de um planalto. Depois, gradualmente foi deixando o olhar estender-se, alongar-se sem restrição de encontro ao horizonte, próximo ou distante consoante a neblina que envolvia aquela imensidão de terra.
Do alto, a meus pés, com um silêncio pesado aos ombros, um sol que queima mais, por mais próximo, observo o movimento enfileirado de carros formigas, sem marcas, potências, uns num sentido outros noutro. Não os ouço... parecem-me todos iguais. Casas, à esquerda, à direita, ao fundo, mais distantes ou próximas, cores diversas, janelas portas de anseios, vidas iguais na minha equidistância. Não interpreto, limito-me a ver e o que vejo é o que sinto!
Vagarosa e indolentemente, na encosta verde, um corvo plana. 
Para ali, ouço, é as Berlengas, não fosse o dia, facilmente se veria...O Sobral, acolá, na direcção da eólica... Sintra, lá em baixo... o Tejo para ali...Montejunto para além...
O meu pescoço rodou, rodou, trezentos e sessenta graus, em qualquer direcção, um sítio qualquer. Se tivesse um binóculo, pensei...
Não, melhor não. Não vira tudo quanto a minha vista alcançara. Porque sempre desejar estar onde não estou? Porque passar sem sentir o pulsar do próximo, daqui, exaustivamente?
A Berlenga não existe hoje, Sintra manifesta-se ao fundo, Montejunto compete em grandeza, o Tejo é ficção. Vejo, absorvo, constato!
Qualquer dia nascerei com o dia aqui mesmo, será um novo sentir, espero surpreender-me...

terça-feira, agosto 7

O meu amanhecer

Qualquer palavra seria demasiado pequena...


O dia começou cedo, apelativo. E imaginar que poderia não estar aqui...


sexta-feira, agosto 3

Espaço Sénior do Carregado

Espaço Sénior do Carregado
Ontem, a convite dos meus queridos alunos seniores, fui confraternizar ao Carregado, depois do almoço.
O encontro foi no espaço Sénior recém criado pela Junta de Freguesia do Carregado. Com novas instalações de equipamentos escolares, vagou um pavilhão pré-fabricado que outrora fora jardim infantil e numa visão pró-activa resolveu-se dotar a população sénior de um espaço, bem como instalar em anexo a Loja Solidária do Carregado.

O Espaço Sénior está, em meu entender, com uma dinâmica invejável. Sala de lazer/televisão/café, espaço com computadores ligados à net, uma outra sala ampla com mesas e possibilidade de aproveitamento polivalente. 
Os dados estão na mesa, é admirável como cada um sente aquele espaço como seu!

Nas vidraças ainda os bonecos, as flores multicoloridas desenhados pelos ou para os antigos inquilinos. É uma alegria enorme evocarem a ocupação das salas onde ontem os netos passavam os dias...

A dado momento, na sala grande, fomos dispondo as cadeiras e conversando. Dei comigo a constatar que de uma forma imprevista e espontânea havíamos feito um círculo. Todos nos víamos, todos nos escutávamos...
E falou-se dos netos, dos filhos, evocaram-se momentos jocosos, soltaram-se gargalhadas libertadoras!
E é também nestes momentos que se alertam os cuidados a ter em diversas situações de aproveitamento dos mais idosos, mais indefesos, partilham-se experiências, consolidam-se precauções.

Lá fora, no espaço que outrora fora escorregas e casas encantadas, alguns netos brincavam, inventavam as histórias, as mesmas que os avós um dia também inventaram e viveram, gargalhadas cristalinas, despreocupadas. Sim que nesta matéria nada se inovou e naquelas minúsculas portas cada avô, ao olhar o neto, transponha-as com um sorriso de alma, memória!

Este é um embrião do que pode vir a ser verdadeiramente um espaço multigeracional.
Ao chegar ao espaço, o primeiro a chegar colhe a chave. O último a sair entrega-a .

Já tomei conhecimento do dia dos grandes encontros tecnológicos. Nestes encontros partilham-se momentos e dúvidas, em movimento solidário, os que se sentem mais à vontade ajudam os outros... 
Um dia passo por lá...

Sinto-me grato em estar integrado, em ter contribuído como membro de uma equipa para esta dinâmica, sinto-me bem em ser recebido da forma como sou!
Modestamente celebramos, efectivamente, o Ano Europeu do Envelhecimento activo.

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