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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, julho 19

Um cão, o LUCKY


 







Chegou à família há 14 anos, deixou-nos ontem!
Não mais sentirei o seu roçar matinal ao chegar à cozinha, não mais enfrentarei o seu olhar electrizante à hora da comida, jamais estará pachorrentamente atrás da vidraça à minha espera...
Mau feitio, intolerante para os estranhos, bolinha de pêlo para o clã.
As nossas caminhadas eram feitas alegria e liberdade, à pachorra também se prestava.
Teve mesmo de partir, o sofrimento tomara-o, a falência dos órgãos.
A minha mão foi última almofada, os meus dedos o derradeiro afago.
Senti-o em paz, senti-me em paz!
Custa?
Sim custa e dou graças ser capaz de sentir a tristeza, a alegria, interiorizá-las, gerir as emoções. Eu macho septuagenário sinto-me mais completo.

No momento, o segundo a que assisto, pensamentos me assaltaram, não pude deixar de projectar o acto na existência humana...
Como compreendo, como apoio!
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