Acerca de mim

A minha foto
Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

terça-feira, setembro 27

culpas próprias

De duvidosa ética, mas de uma grande eficiência.
Falo da necessidade de arranjar sempre um culpado para as coisas que correm menos bem connosco, culpado que não sejamos nós, evidentemente.
Tenho percorrido um caminho que me tem levado a uma identificação comigo mesmo e felizmente sei que sou o principal actor das minhas asneiras. Mas não deixo de brincar com isso. Se está próximo, quando acontece algo que não corre como devia, se está próximo, dizia, o meu filho é o culpado. Se não está, algo teve a ver com o insucesso. Afinal para quê que queremos um filho, para que serve um filho?
Divertimo-nos com isso e ao mesmo tempo ao ridicularizar a situação, amadurecemos!
É sempre fácil procurar ver onde o "outro" teria intervido para que qualquer coisa não corra bem...
Em última instância, mas mesmo só em última instância somos os culpados!
A nossa história é pródiga em muitos episódios onde a "culpa" é sempre de um terceiro...
Mesmo a história da humanidade ou mesmo onde a ficção entra. Lembram-se do episódio da serpente no paraíso? Pois, alguém tinha que pagar as favas, nem que fosse uma serpente demoníaca...
É um bom exercício, garanto, assumir e identificar as nossas falhas. Acho que a tolerância para com os "outros" seria muito maior se o fizéssemos.
Deixemos aos Deuses que vivem não sei onde e nem sei quê, esse dom da infalibilidade, sejamos gostosamente pecadores assumidos.
Aprendamos a gostar de rir de nós mesmos, assumamos a nossa condição de humanos.
Mas já agora, como humanos aprendamos com os nossos erros!

quinta-feira, setembro 22

Antes que azede...

E é exactamente na sequência do apontamento anterior que coloco este.
Na pequena abertura circular do depósito, ferve o líquido. Por momentos uma golfada purificadora surge expelindo grainhas ou bagos. É o processo, a rejeição das impurezas para que o mosto se transforme em néctar. Já foi mais sonoro. Agora, quase imperceptível cumpre o seu ciclo. Mas a purga continua.
Esta imagem simples inspira-me!
Com tanta má notícia, com tanta impureza publicitada, há que ter a coragem de em golfadas enérgicas rejeitar os detritos feitos empecilhos desta sociedade onde nos situamos.
Curioso que são os mesmos agentes a conduzirem os destinos dos povos. Sabiam outrora as soluções que falharam, sustentam outras ruinosas como se definitivas, criticam sem memória posições assumidas como de outros se tratassem, continuam agentes despreocupadamente desresponsabilizados.
E o povo, como órfão continua a procurar um paizinho! Vota...e rejeita, rejeita e vota.
Estamos mal, é indesmentível, como o vinho que não é neste momento.
Há que encontrar a "purga" antes que o todo se azede!

segunda-feira, setembro 12

Festa, a vida...



É isso! Nestes tempos conturbados, creio que necessitamos cada vez mais de celebrar a vida, fazer de pequenos acontecimentos, grandes eventos.
A tranquilidade, a harmonia, a comunhão de um sorriso colectivo nunca será conseguida por decreto ou portaria. É outra coisa, eles nem sabem nem sonham...
Ainda somos livres, ainda construímos os bons momentos, assim o queiramos.
Este fim de semana, da terra emanou a alegria contagiante, da vinha a dádiva feita bago, do horizonte a paz, dos céus a bênção em gotículas refrescantes, do convívio a certificação do princípio dos vasos comunicantes... dos afectos!
Amei!


______________________________________________