Acerca de mim

A minha foto
Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

sábado, julho 28

Atento


Não sei se mais bonita ou feia que outras.
Aliás cada vez menos me preocupo com a comparação.
Sei que é bela, sei que a vi crescer, a alimentei...
Surpreende-me...
PARTILHO!




terça-feira, julho 17

atento...grato



Observo.
Fogueado o horizonte, prenúncio de mais um dia, insinua-se!
Entrego-me, esqueço os negrumes, embarco!
Inicialmente ao longe, gradualmente perto, em mim, recebo, catarse!
Silêncios possuem-me, embriago-me suave, brandamente,
ACEITO!
Quero, possuo energia, o advir,
PARTILHA,
PREDISPOSIÇÃO!

2018 Massamá/Monte Abraão






Estas fotos ilustram o motivo da minha reclamação, contentores na via pública, efectuada aos serviço municipalizados competentes, julgava eu 
Zona Urbana,  Monte Abraão, concelho de Sintra, 10k da capital do País...
Qual ordenamento, qual ambiente?
Já muita sorte têm os munícipes terem caixotes daqueles que ficam bem, multicoloridos, não é?

Eis a resposta que obtive!
Esclarecedora, competente, amiga do ambiente, inovadora, não é?

"Em resposta ao seu pedido, referente ao posicionamento da contentorização na Av. General Humberto Delgado 3, Monte Abraão, informamos V. Exa. que reencaminhámos o seu pedido para os SMAS de Sintra, entidade que gere os resíduos e a contentorização, e que nos respondeu à sua solicitação:

“No seguimento da exposição apresentada pelo munícipe Sr. Afonso Faria, informamos que se colocarmos o conjunto completo de RSU no passeio, irá originar o estacionamento abusivo por parte de alguns moradores em frente do nosso equipamento, inviabilizando o serviço de recolha.

Agradecemos a vossa compreensão.”

Desde já gratos pelo seu contributo,

Com os melhores cumprimentos,


Gestão de Ocorrências
Ambiente e Espaço Urbano"

Quanto à minha compreensão, não agradeçam porque não têm.
Qunto ao contributo...acabou-se, acabou-se, já dei tudo quanto tinha a dar neste peditório!

segunda-feira, julho 16

2018 ao acaso


Desculpe, senti bater-me nas costas…

Era um velho, um pouco mais velho que eu, pequeno, óculos garrafais, sorriso franco, tez queimada de praias de seara.

Podia dizer-me a como é que está a meloa, 0,99 em caracteres quase gigantes, não suficiente grandes para apreensão de todos…
O diálogo brotou, sem constrangimento. Também cultivei melancias e meloas. Diziam que eram boas, então as melancias, especiais. Vendia muitas!
Era a 0,15€ o quilo. Depois a pessoa que mas comprava deixou de o fazer, tinha que ser eu a pesá-las, fazer contas… difícil, eu só as cultivava e bem.
NÃO SEI LER, NÃO SEI ESCREVER LETRAS, disse.
Tenho pensado no episódio!
Este é mais um episódio no universo do meu dia a dia.
Quem pode ignorar esse tempo em que a iliteracia era tolerada como um mal menor? Quem ousa arvorar-se em defensor desses tempos?  Conheço alguém!
Confesso que bendigo o esforço de meus pais, a visão de futuro que os norteava para os filhos, gente simples, sábia.
Lembro-me sempre o episódio da vinda da minha família para o centro urbano, a proximidade das escolas, na altura. O meu avô questionava se seria a decisão correcta a tomar. Para quê o Liceu, a Escola Técnica? Havia muitos balcões e comerciantes a precisar de empregados…
Esta era uma observação pejada de contradições… um dos meus tios tinha vindo estudar para o Porto e formara-se em medicina!
Felizmente os meus pais apostaram no “cavalo certo”, vieram para o Funchal. Todos nós frequentámos estabelecimentos de ensino secundário. Não nos ficamos pelos trocos de uma gaveta de balcão!
Não se pense menor, esta evocação. Na Madeira só podia estudar quem tivesse acesso directo ao Funchal, meios, Colégios particulares, o velho Liceu Jaime Moniz, a Escola Industrial e Comercial do Funchal, e até o Seminário, estabelecimento de ensino redutor para quem sem posse e fora do Funchal quisesse estudar.
Este desconhecido com quem me cruzei fez-me reviver este episódio da história familiar.
São episódios destes que me estimulam a continuar a estar próximo de quem eventualmente queira aprender…partilhar o que eventualmente recebi por esta ou aquela circunstância.
Se calhar consigo deixar transparecer este meu “ESTAR” e de vez em quando alguém se sente à vontade, sem inibição para me usar como leitor de etiquetas!!!


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