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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

terça-feira, maio 27

ter o privilégio de ainda...



Hoje, fazendo zapping, dei comigo preso às palavras de Alice Vieira, lendo um belíssimo conto para crianças! Para crianças? Fiquei, ouvido atento, escutando as palavras cheias de sentido e conteúdo! O tema, a intrusão de um avô vindo da província no núcleo de uma família de cidade, as reflexões de um neto a quem foi imposto a partilha de espaço...

Alice Vieira, ainda não acabara o conto, passou a estar desfocada ao meu olhar. As palavras, superiormente interpretadas, sonoras, caiam-me na alma,uma gota quente assomou aos meus olhos, manteve-se brilhante,suave transmissora de um misto de alegria e emoção.

Falara-se de pessoas, de sentires e sentimentos, de velhos. Sou suspeito, confesso, o meu exercício de cidadania, de eleição, no momento.

Há dias, sem ter que ler por escolha, deitei a mão a um pequeno livro, ao acaso. “Branca-Flor e outras histórias” de Ana de Castro Osório,escritora nascida em 1872, em Mangualde, literatura infantil, catalogam!

Deliciei-me!

Apesar dos problemas, das dificuldades, dos custos,do culto da "coisificação" actual, sinto-me bem em manter viva a chama da disponibilidade do simples. Para além do material, para além do atropelo desta “selvilização”,ainda SOU...felizmente!



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