Adoro
estes luminosos amanheceres frios...
Cedo,
silêncios cortados por rosnares intensos de máquinas, incisivos
profundos, abocanhares em verdes intensos, desventrados castanhos em
simetria paralela.
Primeiro ouço depois perscruto...
Repetitivo
o trabalho dos condutores das máquinas unicamente preocupados com a
rectidão e profundidade dos sulcos.
Não
com frio...
Não
com a rijeza de um assento sacudido sem regra...
Não
com o ruído intenso e permanente de um motor potente que galga a
terra...
Ao homem e à máquina nada os detém...
Breve, as chuvas abençoarão esta azáfama, é o ciclo, a fé do homem da terra, o compromisso com a Natureza.
Parece
fácil, não? Pois não passa disso mesmo, uma parecença!
E eu
sem frio, sem ruído, embalado suavemente pelas ondas da manta,
desfruto!
Telas
de vivas pinceladas com mestria, castanhos leves ou intensos, no ar o cheiro de terra fresca...
Sortudo!