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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

terça-feira, maio 7

Olhar...VER!




Passa uma Borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim 
E pela primeira vez no Universo eu reparo 
Que as borboletas não têm cor nem movimento, 
Assim como as flores não têm perfume nem cor. 
A cor é que tem cor nas asas da borboleta, 
No movimento da borboleta o movimento é que se move, 
O perfume é que tem perfume no perfume da flor. 
A borboleta é apenas borboleta 
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro

3 comentários:

Lourdes Henriques disse...

Um poema que dá que pensar.
Tantas vezes olhamos mas ... não Vemos.
Tantas coisas que por vezes a vida nos dá, olhamos, estão na nossa frente, mas nós ... não Vemos.
Gostei deste poema. Faz-nos reflectir.
Um abraço professor Afonso.
Milú.

avoluisa disse...

Boa noite Professor Afonso
Nestes dias de vivéncia arrastada pelas más formações de alguns este poema lindo, ternurento a falar de borboletas e primaveras...coisas que ninguém vê...porquê? É preciso que vejam...olhem...aplaudam !!

Um abraço
Luisa

soares disse...

Bom dia!
Lindo poema
Fico pequenina perante as maravilhas da natureza ...e os olhares dos atentos que por bem nos dispertam.
"O mestre chega quando o aluno está preparado"!
Gostei !
Um abraço!
suzete

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