Adoro
estes luminosos amanheceres frios...
Cedo,
silêncios cortados por rosnares intensos de máquinas, incisivos
profundos, abocanhares em verdes intensos, desventrados castanhos em
simetria paralela.
Primeiro ouço depois perscruto...
Primeiro ouço depois perscruto...
Repetitivo
o trabalho dos condutores das máquinas unicamente preocupados com a
rectidão e profundidade dos sulcos.
Não
com frio...
Não
com a rijeza de um assento sacudido sem regra...
Não
com o ruído intenso e permanente de um motor potente que galga a
terra...
Ao homem e à máquina nada os detém...
Breve, as chuvas abençoarão esta azáfama, é o ciclo, a fé do homem da terra, o compromisso com a Natureza.
Ao homem e à máquina nada os detém...
Breve, as chuvas abençoarão esta azáfama, é o ciclo, a fé do homem da terra, o compromisso com a Natureza.
Parece
fácil, não? Pois não passa disso mesmo, uma parecença!
E eu
sem frio, sem ruído, embalado suavemente pelas ondas da manta,
desfruto!
Telas
de vivas pinceladas com mestria, castanhos leves ou intensos, no ar o cheiro de terra fresca...
Sortudo!
2 comentários:
Pois é meu caro Professor Afonso.
Nem todos têm a possibilidade nem a sensibilidade para se deliciarem com tanta beleza que a natureza nos oferece...
E as vinhas, nesta época, dão-nos um colorido maravilhoso!
Mas por detrás de tudo isto, está a mão do Homem, daquele que trabalha a terra ultrapassando frio, calor, chuva, vento ...
Obrigada pela partilha.
Um abraço
Milú.
Sortudo...
A fé do homem da terra...
O compromisso com a natureza...
Donde lhe vem este olhar ...profundo ...que eu saiba é caloiro nestas coisas da terra ...no entanto que força nestas palavras... nesta emoção ...dá para sentir a cor, o cheiro a vida ...
Registo...e partilho !
Sortuda !
Um abraço
Suzete
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