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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, novembro 18

manhãs de Outono


Adoro estes luminosos amanheceres frios...
Cedo, silêncios cortados por rosnares intensos de máquinas, incisivos profundos, abocanhares em verdes intensos, desventrados castanhos em simetria paralela. 
Primeiro ouço depois perscruto... 
Repetitivo o trabalho dos condutores das máquinas unicamente preocupados com a rectidão e profundidade dos sulcos.
Não com frio...
Não com a rijeza de um assento sacudido sem regra...
Não com o ruído intenso e permanente de um motor potente que galga a terra...
Ao homem e à máquina nada os detém...
Breve, as chuvas abençoarão esta azáfama, é o ciclo, a fé do homem da terra, o compromisso com a Natureza.
Parece fácil, não? Pois não passa disso mesmo, uma parecença!
E eu sem frio, sem ruído, embalado suavemente pelas ondas da manta, desfruto!
Telas de vivas pinceladas com mestria, castanhos leves ou intensos, no ar o cheiro de terra fresca...
Sortudo!

2 comentários:

Lourdes Henriques disse...

Pois é meu caro Professor Afonso.
Nem todos têm a possibilidade nem a sensibilidade para se deliciarem com tanta beleza que a natureza nos oferece...
E as vinhas, nesta época, dão-nos um colorido maravilhoso!
Mas por detrás de tudo isto, está a mão do Homem, daquele que trabalha a terra ultrapassando frio, calor, chuva, vento ...
Obrigada pela partilha.
Um abraço
Milú.

soares disse...

Sortudo...
A fé do homem da terra...
O compromisso com a natureza...
Donde lhe vem este olhar ...profundo ...que eu saiba é caloiro nestas coisas da terra ...no entanto que força nestas palavras... nesta emoção ...dá para sentir a cor, o cheiro a vida ...
Registo...e partilho !
Sortuda !
Um abraço
Suzete

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