Resgate
Há qualquer coisa aqui de que não gostam
da terra das pessoas ou talvez
deles próprios
cortam isto e aquilo e sobretudo
cortam em nós
culpados sem sabermos de quê
transformados em números estatísticas
défices de vida e de sonho
dívida pública dívida
de alma
há qualquer coisa em nós de que não gostam
talvez o riso esse
desperdício.
Trazem palavras de outra língua
e quando falam a boca não tem lábios
trazem sermões e regras e dias sem futuro
nós pecadores do Sul nos confessamos
amamos a terra o vinho o sol o mar
amamos o amor e não pedimos desculpa.
Por isso podem cortar
punir
tirar a música às vogais
recrutar quem vos sirva
não podem cortar o verão
nem o azul que mora
aqui
não podem cortar quem somos.
Águeda 23/12/2012
Há qualquer coisa aqui de que não gostam
da terra das pessoas ou talvez
deles próprios
cortam isto e aquilo e sobretudo
cortam em nós
culpados sem sabermos de quê
transformados em números estatísticas
défices de vida e de sonho
dívida pública dívida
de alma
há qualquer coisa em nós de que não gostam
talvez o riso esse
desperdício.
Trazem palavras de outra língua
e quando falam a boca não tem lábios
trazem sermões e regras e dias sem futuro
nós pecadores do Sul nos confessamos
amamos a terra o vinho o sol o mar
amamos o amor e não pedimos desculpa.
Por isso podem cortar
punir
tirar a música às vogais
recrutar quem vos sirva
não podem cortar o verão
nem o azul que mora
aqui
não podem cortar quem somos.
Águeda 23/12/2012
Manuel Alegre
.JPG){kind=link}
3 comentários:
Professor Afonso
Quem pode viver assim ? Entregue a estes desgovernados e poderosos
...contar as moedas... pensar onde estão os nossos haveres...até quando?
Um abraço
Luisa
É verdade, podem tirar-nos tudo, mas a nossa identidade e o que a natureza nos oferece, é SÓ NOSSO.
Um abraço
Milú.
Olá Professor
Depois de reler, penso, um poema lindo,que pena não ser ficção.
É por demais autentico ninguém merece
Até quando?
um abraço
suzete
Enviar um comentário