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terça-feira, abril 9

Abril, mês da liberdade e da prevenção dos maus-tratos na infância




Mais um mês se celebra, um cumprir de calendário para apaziguamento de consciências! Enternecedor a fixação de cartazes alusivos!
Pertinente este tema, preocupante, de reflexão.
Há dias a notícia era, aluno, 12 anos agride violentamente um professor de 63.
Não será este um exemplo de maus tratos na infância? Quem se preocupa com a sadia inserção no seio da família, da sociedade? Veio esta criança de um outro planeta? Será que violências são só as agressões físicas?
Um ano de incêndios levou às primeiras páginas notícias de comissões e estudos na prevenção dos fogos. Onde param as comissões e estudos na prevenção destes fogos humanos?
Como se estão a envolver os pais, as escolas, a comunidade em geral na preparação de uma geração futura, pessoas, sim, pessoas?
Aos Governos interessam os resultados de transição de anos escolar mesmo que não signifique qualquer sucesso de aprendizagem – estatísticas.
Os professores, muitos deles estão preocupados com os 9 anos, 4 meses, 2 dias... – dinheiro.
Os pais, muitos, manifestam uma grande ignorância no percurso escolar dos filhos, não comparecendo nas escolas nas reuniões periódicas ou mesmo quando convocados – alheamento.
Tenho dificuldade em compreender a inoperância de quem de direito em responsabilizar os encarregados de educação na educação dos educandos.
É urgente coragem, frontalidade para acabar com este tipo de violência infantil, este deixar andar. Falo de coragem, pois… parece que ainda não faz parte do calendário eleitoral…

2 comentários:

Lourdes Henriques disse...

Olá Professor Afonso
Há por aí muito o hábito de que a Escola tem que dar a educação.
Em casa uma enorme parte dos pais modernos, a troco da sua liberdade, oferecem aos filhos aparelhos modernos com tecnologia aliciante com que se distraem muitas vezes a ver programas, filmes, jogos, um sem número de coisas por veses impróprias para as suas idades- Numa grande parte das vezes jogos agressivos que nada de bom transmitem, violência e crime... E os paizinhos alheam-se dos filhos, dizem que os tempos são outros, etc., etc.......
Estas crianças não têm bases nem alicerces para um dia se tornarem Adultos Responsáveis. E muitas vezes agridem os professores e os paizinhos vão à escola "bater" e enxovalhar os professores, que infelizmente actualmente não têm quem os defendem.....
E também as regras actuais de facilitismo em passar de classe os alunos obrigatoriamente, quantas vezes sem terem bases para tal....
E diz muito bem. Para isto ninguém olha com olhos de "gente". Não interessa, não dá dinheiro!
E são estes os Homens e Mulheres do futuro? Que futuro?
Decerto já cá não estarei para ver, mas sou mãe e avó e dói-me quando imagino o que será o futuro destes pobres jovens (principalmente os nossos netos), vítimas de uma sociedade egocêntrica e hipócrita!
Um abraço.
Milú.

Rosa Santos disse...

Olá Sr. Afonso,
O tema que abordou é sem duvida muito pertinente e muito mas muito preocupante. Pois trata-se de crianças hoje, homens e mulheres de amanhã.Que futuro podemos esperar de crianças que cresceram sem nunca terem ouvido falar de valores morais, tão importantes na vida do ser humano. Segundo as estatísticas nos últimos dez anos cerca de 65.000 crianças foram vitimas de maus tratos a todos os níveis. São números verdadeiramente assustadores. Ora, esses maus tratos vão ter forçosamente influência negativa na formação e desenvolvimento da personalidade destas crianças no futuro. Não se pode generalizar mas, existem muitos pais que não comparecem nas reuniões escolares dos filhos para se inteirarem do comportamento e desempenho escolar dos mesmos, alegando falta de tempo. É muito importante a presença de um encarregado de educação nas reuniões, as crianças sentem-se mais apoiadas. A educação e AMOR pelos filhos tem que começar a partir do berço, só depois vêm os Professores. É muito importante na hora certa saber dizer "NÃO" A maior e mais importante herança que podemos deixar aos nossos filhos é a sua EDUCAÇÃO .
Um abraço
Rosa Santos





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