Um
notícia como tantas ou talvez não.
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Logo
aquando a introdução da notícia pelo jornalista de serviço,
pensei que a “besta” uma vez mais não fizera distinção,
apossara-se de um poderoso.
Depois
fiquei deveras impressionado com a tranquilidade daquele homem, o
brilho apaziguador do olhar, um sorriso sereno.
A
imagem fez-me recuar uns meses.
Maria
Barroso, pessoa por quem não nutria particular simpatia, participava
num congresso tendo por tema, "velhos".
Surpreendeu-me.
Fraca figura em cima do palco, recitava de memória um poema longo,
enorme na sua força, poderoso no seu conteúdo, transcendera-se,
agigantara-se. Assim terminou a sua participação.
Fiquei na altura
com “pele de galinha”, rendi-me.
Antes
em suas palavras deixara-me também aquela tranquilidade que vi em Jimmy Carter. Viveu
muito, dizia, a qualquer momento chegaria a sua vez. Esperava
tranquilamente a sua hora. Senti convicção, paz.
Num
e noutro uma coisa comum, o que chamam de Fé!
Na
brincadeira costumo dizer que apresentei a minha candidatura para o
clube dos velhos, dos sábios...que tanto caminho me falta percorrer
para tamanha harmonia e pacificação com a vida, com a morte!
O caminho é esse.
2 comentários:
Boa tarde Professor Afonso
Li o seu texto que me fez pensar a sério na Vida.
De facto os que acreditam numa outra vida após a morte, movidos pela Fé, chegam à velhice com uma serenidade invejável. Nem de propósito, ainda há pouco estive a falar com um senhor que, apesar de não ser propriamente "velho" já tem uns aninhos avançados. É Testemunha de Jeová, o que por vezes se torna muito desagradável pelo fanatismo. Mas posso-lhe dizer que a conversa dele veio bastante ao encontro do que aqui escreveu no seu texto e gostei muito de falar com ele.
Acho admirável a forma como o fim da vida terrena é encaada pelas pessoas que têm uma Fé Verdadeira. Só acreditar não chega.
Eu acredito mas sempre gostei muito de viver, apesar dos tombos e pedregulhos que tenho encontrado pelo caminho. E pensar que um dia terei que abandonar tudo isto, deixa-me triste e melancólica, ao contrário das pessoas que têm uma Fé Verdadeira.
Mas reconheço que a minha Fé não é suficiente para aceitar o fim desta vida com tanta calma e naturalidade.
E acho que tem razão quando diz "...quanto caminho me falta percorrer para conseguir tanta
Paz e Serenidade" ...
Oxalá consigamos!
Um abraço da
Milú.
Olá professor Afonso
Depois de ler o artigo, o qual muito me tocou, pela belíssima descrição, da beleza e serenidade, que algumas pessoas emanam na vida e que eu gostaria de conseguir ter.
Serenidade, coragem e sabedoria
Serenidade julgo que tenho alguma, porque circunstancias da vida me obrigaram a aprender a Aceitar( e não quer dizer gostar) a fragilidade da vida, o que sentimos e o que somos. Seres Humanos
Coragem, para ir mudando algumas coisas em mim mesma, mas... Sabedoria, só mesmo algumas pessoas conseguem, não a sabedoria dos livros, mas a Sabedoria que transparece no tal olhar brilhante e sereno, de uma alma tranquila que parte feliz. é esse o meu desejo, mas estou a séculos,luz
Um abraço de muita amizade da Albertina
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