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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quarta-feira, fevereiro 22

confidência

 Outro fragmento...



Que procuro no fumo do meu cigarro
Quando o aspiro com ar pensativo?
Talvez identificar-me com o fumo que passa,
leve volúvel em nuvem de nada.
Puxo um, escrevo um pouco,
fumo outro e penso.
Estou cansado e só eu sei!
Este cigarro confidente
meu fiel companheiro, 
queima-me os dedos
carboniza-me os pulmões,
mas dá-me sossego.
Cada segredo em o aspirando com o fumo 
se esvai em nuvem de turbilhão
desfeito num segundo.
E quem o ouve, quem o sente?
Exclusivamente eu!


Olossato 1974


2 comentários:

avoluisa disse...

E agora? não tenho nada.. a comentar ...o quê?? É a alma?? não chego lá!!! só posso disser que é bonito...algo que se adivinha?? ou se tenta adivinhar !!! lá está de volta ao bau,ainda bem...(gosto de comentar os vossos trabalhos ,perdão)...
vai abrindo a alma, o que ela foi á..trinta e oito anos !!!!
e continua a creser!!! enonme...
saudações.
avoluisa.

Lourdes Henriques disse...

Recordação de momentos de solidão

Que apenas têm por companhia um cigarro,

Mas a alma precisa de um amparo!

E apesar de nefasto o efeito do cigarro,

Ele leva p´ra bem longe no seu fumo, sem rumo,

Os segredos mais profundos de uma alma!

E quantas vezes a tranquiliza e lhe devolve a calma ...

Parabéns pelo belo texto escrito na juventude!
Um abraço
Milú.

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