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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quarta-feira, março 15

um ponto de vista!

Aos pés, o Douro em uma grande escarpa confinado, serpenteando gigantescamente sereno.
O sol começara a despontar, primeiro nas cúpulas dos pinheiros e eucaliptos das margens e vagarosamente atinge em suaves golpes o rio. Espelha-o!
Nas margens, agigantam-se as árvores, correndo hipnoticamente para a água. Não molham as raízes mas mergulham e balanceiam em movimentos ritmados em gestos de preguiça de seus braços feitos ramos, após a noite dormida.
No dourado espelho, miram-se, aprumam-se. São muitas e a água é uma imensidão de verde-escuro, ramos e folhagens, que se tocam, afagam e sobrepõem.
Cúmplice, o rio aceita contemplativamente o movimento narcisista das suas guardiãs de margens. Preparam-se para o dia!
Mais tarde, quando o astro rei de cansado estiver quase em repouso, será a outra margem, desta vez em espelho de fogo!
E repete-se a cena, abraçam-se os ramos, misturam-se as folhas embalados pela melodia da brisa.
Preparam-se para a noite.
E soltam-se algumas!
E navegam embaladas em projecto de sonho, o mar é seu limite, seu aconchego!

3 comentários:

Rui disse...

Que não lhes falte a brisa.
Muito bom.

Amanda disse...

Ponte á vista!

Lu Soares disse...

Ola, venho agradecer a tua visita ao meu blog....é muito grato para mim ler-te lá e sentir que aprecias as poesias dos grandes autores que selecionei e que publico.

Um abraço,Lu.

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