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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

segunda-feira, fevereiro 6

zzzz...zzzz...ainda outro zzzzzz...


A mosca.

Encurralada ente a cortina e a janela, num zzzz contínuo, voava e projectava-se contra a vidraça, quase desesperada. Uma arremetida, um rodopiar contínuo, desesperante.

Vidraça, cortina, cortina, vidraça e um espaço sem barreiras.
O “mosticeiro”, feiticeiro das moscas, só lhe tinha falado nas vidraças e nas cortinas e mesmo o “mosticeiro-mor” que lhe haviam aconselhado, sábio que até previra que a água ao lume fervia, e que à noite faria escuro, jamais previra tal situação!
Aquele espaço apelativo, um horizonte à descoberta, o voo!

Segundo a mezinha do “mosticeiro” último, mais “mosticeiro que todos os “mosticeiros”, a solução era arrancar uma asa em tais situações. Voaria, voaria mas jamais sairia do mesmo local – era mais seguro, menos arriscado!

Não, não arriscaria construir o seu próprio caminho.
Sei lá, até poderia correr o risco de ser feliz.
Mas não, o mosticeiro não previra tal cenário, logo ele não existia.
Arrancou uma asa e esgotou-se tranquilamente, à espera de um outro “mosticeiro” de ocasião.
Ele dir-lhe-ia que fazer!

2 comentários:

Morgana disse...

texto muito simbólico...e acho q entendo bem demais... beijocas

Gina disse...

Tadita da mosca, tá kuase como uma Maria ke konheço, e alguém de cabelo encaracolado.
Até as moscas, mesmo ke sem asas conseguem caminhar, já ke não voar...
Brigada pela tua visita
Bjito

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