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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quinta-feira, agosto 9

Calor...


Lembram-se aquando a seca, Assunção Cristas pedir ao “Zé”, preces para provocar a chuva?
Agora foi o calor!
O governo falhou!
Fosse ela governo e certamente nada disto acontecia. Uma cunha e o sol fechava a pálpebra, não provocaria tanto desassossego!
Não sou agricultor, mas costumava obter algum vinho das cepas que alguém plantou há muitos anos, (como na moda se diz, “há muitos anos atrás”).
Este ano creio que já fiz a vindima, as uvas que não assaram, devem estar cozidas.
Confesso que o meu descontentamento fica só pela tristeza e essa passa depressa.
Não sou indiferente àqueles que fazendo vida em torno da terra, preparam, semeiam, cuidam e da colheita aproveitam quase nenhures. Contingências da actividade, prejuízos este ano sonoramente lamentados, contrastando com silenciosos lucros de outros anos!
São momentos de tristeza, episódios. Amanhã será diferente!



2 comentários:

Lourdes Henriques disse...

Olá Professor Afonso
O assunto não é de facto para brincar pois penso no esforço e prejuízos das pessoas que fazem desta actividade a sua vida.
Mas a vida continua e melhores dias virão, ainda vou tendo esperança...
Mas achei curiosa a coincidência. Ontem, por acaso pois não costumo ver televisão, liguei o televisor durante uns escassos minutos e o único assunto que vi foi exactamente sobre o que se passa este ano com o calor, no Alentejo e não só, à cerca das vinhas e dos prejuízos causados pelo calor. Instintivamente pensei em si, como estaria a sua vinha que sei que cuida com muito gosto e carinho. E pensei ligar-lhe hoje. Mas eis senão quando me deu na cabeça vir aqui espreitar o seu "cantinho" e deparo exactamente com este assunto.
Sei que encara o assunto sem dramas mas de qualquer forma julgo que é frustante, ainda que seja uma actividade praticada por desporto.
Paciência, antes isso que uma doença. Para o ano virão melhores dias.
Um abraço.
Milú.

Rosa Santos disse...

Boa noite Sr. Afonso,
Acho muito interessante e oportuna a maneira como aborda os seus temas, este não é excepção, aliás outra coisa não seria de esperar.
É de facto muito triste entrar numa vinha e ver o estado em que as uvas ficaram após aquele calor tórrido. Dói,mas dói mesmo, pois está em causa muita despesa e muito trabalho. Trabalho, esse feito com muito amor e um acompanhamento constante ao longo do ano no desenvolvimento dessas mesmas uvas.
Nós também fomos muito lesados com esta situação, no entanto não é esta a nossa fonte de rendimento. Agora, lamento imenso a situação daquelas pessoas, principalmente aquelas de baixos recursos, e que vivem exclusivamente desta actividade, mesmo em condições normais tão pouco rentáveis. Mas a Natureza tem destas coisas, ela é soberana,e quanto a isso não há nada a fazer. Resta-nos a esperança de que para o ano vai ser melhor. " Haja saúde e coza o forno", como se costuma dizer.
Um abraço
Rosa santos

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