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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

quinta-feira, dezembro 29

Deuses, Juízes, Vítimas.

Tenho vindo a aprender que mais do que sou é o que "estou"...
Episódios do dia a dia manifestam a transitoriedade da nossa existência. De vez em quando surgem-nos notícias de partidas em definitivo de desconhecidos, figuras públicas e solidariamente encontramos em tolerância uma qualquer responsabilidade estranha para a justificação, a compreensão dos acontecimentos principalmente quando atinge um outro. De certa maneira de uma forma egoísta esquecemo-nos que o "Outro" tem normalmente alguém por perto que sofre.
Inesperada, dolorosa, fora de tempo... ouve-se.
Inesperada porque avaliando os sinais do dia a dia projetamos os anos. Dolorosa porque a partida definitiva deixa-nos um vazio súbito. E fora do tempo porque ousamos definir o que é eminente e o que se prolonga como se donos e senhores do tempo fossemos.
Esta trilogia, Deus, Juiz e ao mesmo Vítima é afinal o papel principal tantas vezes representado no palco da Vida.
Insinuamos saber dos desígnios da Vida, julgamos os acontecimentos e os protagonistas, desculpamo-nos sempre dos nossos erros e insucessos por causas sempre exteriores ou terceiros.
Aproxima-se um novo ano.
Se após balanço do transato mantiver a mesma postura, de nada serviu vivê-lo. Estagnei!
Nenhuma certeza deve imperar a não ser a certeza da mudança, o desejo de ser agente da surpresa, parte integrante.
Enquanto em vida, em campo. ACEITO porque me integro, participo, faço parte dos problemas e também quero ser elemento da equação solução.
O Todo, o País não é mais que a Comunidade em ponto grande.
A Comunidade é aqui mesmo, a Pessoa, as Pessoas. A travessa, a rua, a avenida, a aldeia, a cidade, inertes, nada são sem o pulsar do coração do HOMEM.
E há-os pobres e ricos, feios e bonitos, doentes e saudáveis, novos e velhos...
E é com essa fealdade e beleza, riqueza e pobreza, doença e saúde, juventude e velhice que vivemos, e ainda temos a injustiça.
Que em 2012 saibamos reconhecer e respeitar, que em 2012 não queiramos ser Deuses e Juízes e muito menos Vítimas mas não esqueçamos o direito à indignação, ativamente.
E acima de tudo procuremos ser HOMENS, solidários seja qual for a expressão!

2 comentários:

Lourdes Henriques disse...

Um belo texto que dá que pensar! Oxalá todos consiguíssemos fazer um exame de consciência, julgando menos os outros e olhando mais para nós próprios. Talvez tenhamos alguns erros a corrigir, sendo menos egocêntricos e tentando ajudar o "vizinho do lado" que tantas vezes precisa de ajuda, e nós nem o vemos ...
Parabéns pelo texto. Um abraço
Milú.

avoluisa disse...

Deus,há só um...está no nosso coração, na nossa consciencia,é o lado bom que nós temos...e ajudanos quando precisamos...certo??

"juizes"não os aceito...nem gosto se julgar ninguem...nem aceito que me julguem...

Vitima!!(sou)mas de mim mesma!!!
Porque não soube cuidar de mim...não culpo ninguem!!!

Cuidem-se(digo eu)bem!!!
Um ANO NOVO cheio de alegria,muito amor,muita saude e bom trabalho...

Um abraço de BOAS FESTAS!!!

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