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Mas quem sou eu mesmo? Nem eu sei se calhar. Em busca, permanentemente em busca!

terça-feira, setembro 27

culpas próprias

De duvidosa ética, mas de uma grande eficiência.
Falo da necessidade de arranjar sempre um culpado para as coisas que correm menos bem connosco, culpado que não sejamos nós, evidentemente.
Tenho percorrido um caminho que me tem levado a uma identificação comigo mesmo e felizmente sei que sou o principal actor das minhas asneiras. Mas não deixo de brincar com isso. Se está próximo, quando acontece algo que não corre como devia, se está próximo, dizia, o meu filho é o culpado. Se não está, algo teve a ver com o insucesso. Afinal para quê que queremos um filho, para que serve um filho?
Divertimo-nos com isso e ao mesmo tempo ao ridicularizar a situação, amadurecemos!
É sempre fácil procurar ver onde o "outro" teria intervido para que qualquer coisa não corra bem...
Em última instância, mas mesmo só em última instância somos os culpados!
A nossa história é pródiga em muitos episódios onde a "culpa" é sempre de um terceiro...
Mesmo a história da humanidade ou mesmo onde a ficção entra. Lembram-se do episódio da serpente no paraíso? Pois, alguém tinha que pagar as favas, nem que fosse uma serpente demoníaca...
É um bom exercício, garanto, assumir e identificar as nossas falhas. Acho que a tolerância para com os "outros" seria muito maior se o fizéssemos.
Deixemos aos Deuses que vivem não sei onde e nem sei quê, esse dom da infalibilidade, sejamos gostosamente pecadores assumidos.
Aprendamos a gostar de rir de nós mesmos, assumamos a nossa condição de humanos.
Mas já agora, como humanos aprendamos com os nossos erros!

1 comentário:

Lourdes Henriques disse...

É muito fácil errar e deitar as culpas nos outros, lavando as nossas mãos como Pilatos ... Mas a consciência nos acusará sempre do mal que fizemos (isto para quem tem consciência, claro)...
Errar é humano, desde que não se prejudique o próximo ...
Milú.

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